quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
PALAVRA FIANDEIRA
NOVA EDIÇÃO DE PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA DE LITERATURA
ROCIO L`AMAR ENTREVISTA JUAN TORRES JIMÉNEZ
LEIA E ACOMPANHE PALAVRA FIANDEIRA!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
COM OS VOTOS DA SAPABELA
A querida Sapabela, tão amada pelas crianças, deseja a todos vocês um Ano de 2010 repleto de harmonia, amor e felicidade.
Arte: Daniela Alves Vasques
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
SAPABELA MAL HUMORADA
Num desses encontros casuais, Rospo encontra a velha amiga Sapabela, saltitante a comemorar, fazendo um enorme estardalhaço.
- Sapa, o que está acontecendo?
- Consegui, Rospo, consegui!
- Querida, estou surpreso com a sua euforia. Mas, por favor, conte-me o motivo de tanto entusiasmo.
- Consegui! Agora faço parte de um grupo de amigas.
- Parabéns! E que grupo é esse?
- São as três que vivem a se lamentar.
- Aquelas mal humoradas? E qual é a vantagem de entrar num grupo assim?
- Acontece que eu queria fazer parte do grupo, mas não conseguia, por estar sempre feliz, alegre e contente. A minha felicidade incomodava, causava distúrbios no grupo.
- Sim, o mau humor delas é famoso.
- Então, eu me tornei mal humorada, rabugenta, chata, e assim elas me aceitaram no grupo. Por isso estou comemorando com tanta alegria. Viva o meu mau humor!
- Impressionante!
- Nada como fazer parte de um grupo. Agora sou uma mal humorada. Viva! Viva! Viva!
- "Acho que bebi demais no Natal".
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 43
O TAPETE E A ESCADA
- Rospo, aqui está um tapete.
- Não, você não. Tchau, e obrigado.
- Rospo, pegue o tapete que estou lhe oferecendo.
- Não, Sapo, não preciso da sua ajuda. Obrigado.
- Rospo, leve o meu tapete.
- Não, amigo Sapo, não preciso do seu tapete. Faça bom proveito dele.
Depois de encontrar diversos conhecidos pelo caminho, Rospo encontra sua amiga Sapabela.
- Olá, Sapa. Que saudades!
- Eu também, desde ontem não conversamos.
- Estou com um problema, estou vivendo um aflição.
- Rospo, quero ajudar.
- Obrigado, você é uma amiga de verdade.
- Tome uma escada.
- Agora sim, confirmo o que acabei de dizer.
- Não sabia que ficaria tão feliz com uma escada.
- Pois é, Sapa, é mais fácil para muitos oferecer um tapete, que pode ser puxado, do que uma escada, que pode nos auxiliar a subir e lá do alto ver com mais clareza uma solução para os nossos problemas. Obrigado pela sua escada.
- Disponha.
MARCIANO VASQUES - Histórias do Rospo - 42
AGRADECIMENTOS
Ao aproximar-se o findar do primeiro ano de CASA AZUL DA LITERATURA, registro aqui os meus agradecimentos aos que acompanharam o blog que nasceu em Agosto e também aos que contribuíram com as suas imagens e produções artísticas para embelezar a casa. Obrigado a todos! (Marciano Vasques).
O TREINAMENTO DA JOELMINHA
- Tire o pé do sofá! Não urine na tampa do vaso, deixou essas migalhas de pão na pia só para a empregada aqui limpar? Abaixe a tevê! Fale mais baixo. Você está gordo! Pare! Que sujeira! Para pôr arroz no prato, sujou todo o fogão. Não quero saber! Estou com dor de cabeça! Não grite! Eu não estou gritando, é você quem está! Que chulé! Que bafo de cerveja! Você só pensa em comer e dormir... Homem é todo folgado. Que saco! Futebol novamente!
- Joelminha, como vai?
- Olá, Sapabela!
-O que é isso, menina, ficou maluca? Está falando sozinha.
-O que é isso, menina, ficou maluca? Está falando sozinha.
- Falando sozinha?
- É.
- Pois é, estou treinando.
- Treinando? Para que coisa está treinando?
- Para o casamento.
- Você pretende se casar?
- Por enquanto ainda não. Sou muito jovem, prefiro viver primeiro.
- Por enquanto ainda não. Sou muito jovem, prefiro viver primeiro.
- Joelminha, posso falar uma coisa?
- Claro, Sapabela.
- Claro, Sapabela.
- Realismo exagerado é chato.
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 41
MELISSA
Os dispersos raios de um sol extravagante
orientando os passos do viajante.
Geleiras ao mar, orvalho em queda,
deslizando no verde
das folhas da planta.
Gritos, grutas e pássaros, saltos e rastros,
asas de inseto, esperanças no afeto.
Ostras na areia, astros no céu, leão na floresta, vento que leva o chapéu.
Calçar a meia. Desenhar a valsa, os varais, a rã.
É festa, e o riso dissipa o véu.
A lá e o cetim, a fumaça, o aço,
a anel, o anil, o algodão, a flanela,
o canavial, o bagaço,
a luz no peitoril da janela.
Alaridos ao léu.
O pardal, o perdão, o flamingo,
a catatua, a ema,
o domingo, o poema,
o guará, o guaraná,
A rosa e a cotovia,
as folhas espalhadas,
o choro e as gargalhadas de cada dia.
Seja bem vinda, Melissa!
MARCIANO VASQUES (escrito em 26 de junho de 2001)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
FELIZ ÚLTIMA SEMANA DO ANO
Desejo a todos os seguidores, amigos e moradores de CASA AZUL DA LITERATURA uma última semana do ano maravilhosa. Que a harmonia e a energia sejam renovadas a partir de hoje: Lunes, Monday, Montag, Lundi, Lunedi, Segunda - Feira.
MARCIANO VASQUES
A DIFICULDADE DO SAPO
-—É mais fácil...Uma dissertação de mestrado.
—Continue, Rospo...
—É mais fácil... Uma tese de doutorado...
—Papo meio esquisito...
—É mais fácil aprender álgebra...
—Nossa! O que será que o aflige?
—Mais fácil aprender Alemão...Japonês...
-—Rospo, você deve estar com uma dificuldade imensa...
—Sapabela, acha que ainda existe espaço para a timidez no mundo atual, tão cibernético, tão tecnológico, com constelações de blogs...?
—Rospo, a timidez tem algo a ver com o ser humano...
-—E com os sapos...
—Sim, claro. Mas, por que a questão?
-—Nada, tchau, preciso ir, tenho um compromisso.
Sapabela fica sozinha a pensar: "O que será que é tão difícil para ele?"
Enquanto isso, sob uma árvore, o sapo, a cismar:
—"Ela é tão linda!"
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 40
O SAPO E O ANO NOVO
- 31 de Dezembro é um dia como outro qualquer.
- Claro que não!
- Ora, Rospo...
- Sapabela, algo extraordinário acontece...
- Sim?
- O planeta completou a sua translação, é um novo ciclo, uma nova volta, e recomeça tudo.
- É apenas simbólico. Quem garante que o 31 de Dezembro é o ponto de chegada da translação? Para mim, a cada dia temos um novo ano.
- Sapabela, a humanidade ainda não evoluiu tanto, nem os sapos. Um símbolo nos satisfaz. Calendário é apenas referência. Se quiser, pode me desejar Feliz Ano Novo diariamente.
- Pensando bem, os símbolos são maravilhosos. Deixe-me abraçá-lo, Rospo.
- Mas ainda não é Meia Noite!
- E precisa?
MARCIANO VASQUES Histórias do Rospo - 39
ALGAZARRA DE LETRAS - 1
PULANDO SEM PARAR
Mala sem alça não é mula sem alce.
Argola não é argila.
Gole não é galo.
Galo não é lago.
Logo, gola não é gula.
Não engula o gelo.
Gelo não é geleia
Geleia não é jaca.
Jiboia não é boia.
Jia não é joia.
Mas com essa algazarra de letras,
O que não era acaba sendo.
E num bagaço...
Bagaço não! Bagunça.
Isso! Numa bagonça...
Tire essa onça daí!
Desculpe-me, mas elas ficam pulando de sílaba em sílaba.
MARCIANO VASQUES
domingo, 27 de dezembro de 2009
NOVA PALAVRA FIANDEIRA
NOVA PALAVRA FIANDEIRA - Veja e leia a entrevista realizada por Carmen Ezequiel, de PORTUGAL. Já está no ar. Leia PALAVRA FIANDEIRA.
sábado, 26 de dezembro de 2009
O ANO NOVO DO SAPO
Tudo pronto para a grande virada. Quase meia-noite e na casa do Rospo só alegria. A ceia está montada e o reveillon vai começar.
- Vamos cantar gente! Daqui a pouco é um novo ano.
- Tem certeza?
- Não faça isso Sapabela...
- Aprendi com você, amigo.
- Está bem. Qual é o problema? Daqui a pouco por acaso não será um novo ano?
- Depende.
- Sapa, a festa está animada. O que significa esse “depende”?
- Depende de você, Rospo. Se você quiser verdadeiramente, daqui a pouco será mesmo um ano novo.
- O Planeta completou um giro em torno do Sol, portanto entraremos num novo ano.
- Acho que você ainda não entendeu. O ano novo está dentro da gente. Quem muda é você, Rospo. Se você não mudar, tudo não passará de apenas uma mudança de calendário. Para o ano ser de fato um novo tempo, as mudanças estão dentro de você.
- Mas eu posso estar satisfeito comigo mesmo.
- Ótimo. Então você pode ser imutável.
- Para que mudar se estou satisfeito?
- Você fez uma revisão nos seus conceitos? Por acaso deu um trato nas velhas idéias? Ficou mesmo completamente satisfeito com as suas contribuições durante o ano?
- Não deu tempo pra pensar muito.Você sabe, Bela, não sobra tempo para nada.
- Talvez o tempo não esteja sendo bem utilizado.
- Sapa, não se esqueça: estamos numa comemoração.
- Quem comemora também pensa...
- Está bem, você venceu....
- Eu nem sabia que era uma competição, Rospo!
- É o modo de falar. Eu quis dizer que você tem razão. Se eu não melhorar, o ano novo será apenas uma ilusão.
- Isso mesmo, Rospo. Cada um de nós tem o ano novo dentro da gente. Não desperdice a chance de mudar o seu calendário interior...
- É verdade, somos os responsáveis pela chegada de um novo tempo...
Um dos convidados grita: - Pessoal, quase meia-noite!
A Sapabela e o amigo Rospo se abraçam.
- Feliz Rospo!
- Feliz Sapabela!
ARGUMENTO: Marciano Vasques
ARTE: Daniela Alves Vasques
Histórias do Rospo - 38
Histórias do Rospo - 38
A PROFESSORA ENGESSADA

- Tia Sapabela! A minha professora está com gesso.
- No braço ou na perna, Amélia?
- Nos braços, nas pernas...
- Sua professora está toda engessada?
-" Pobre professora. deve ter sofrido um acidente. Amanhã irei visitá-la" - Pensou a Sapabela, enquanto a agitada sobrinha já se punha à mesa para fazer a lição de casa.
- Muita lição, Amélia? Não quer primeiro lanchar?
- Não, tia, prefiro fazer a lição. Veja, ela mandou tudo isso de cópia, mais de 10 folhas do livro, e também fazer numerais até 1000, três vezes...
No dia seguinte, lá está a Sapabela com a professora.
- É imaginação da sua sobrinha. Aproveito para dizer que o meu método de ensino é o tradicional. Não acredito nessa história de Construtivismo... O meu planejamento é sempre o mesmo, a cada ano. Eu não mudo...
- Mas mandou muitas páginas de cópia! Como vai sobrar tempo para a imaginação? É estranho que a minha Amélia tenha falado do gesso.
- Certamente é uma visão que ela teve. Sabe como são as crianças de hoje, cismam de pensar...
- "Uma visão...Sim, uma visão do futuro, diante do passado...", meditou a Sapabela.
Em casa, diante da pequena sobrinha:
- Sim, Amélia, você estava certa. A sua professora está mesmo engessada.
ARGUMENTO: Marciano Vasques
ARTE: Daniela Alves Vasques
HISTÓRIAS DO ROSPO - 37
O SAPO QUE LIA MUITO
- Sou um grande leitor, Anorita.
- Sei disso, Rospo. A Sapabela me contou.
- Li muitos livros em minha vida.
- Isso é ótimo.
- Conforme dizia Machado de Assis...
E Rospo prossegue:
- Segundo Nietzsche...E como disse Shakespeare...De acordo com Sartre...Segundo Guimarães Rosa...Concordo com Gabriel Garcia Márquez...Assim disse Dostoiévski...Como costumava falar Jorge Amado...Segundo as palavras de Eduardo Galeano...
- Rospo! Espere um pouco!
- O que aconteceu, Sapabela?
- Não sou a Sapabela! Sou a Anorita. E quero dizer uma coisa: Ler é bom, mas você ficou o passeio todo citando os autores que leu...
- O que aconteceu, Sapabela?
- Não sou a Sapabela! Sou a Anorita. E quero dizer uma coisa: Ler é bom, mas você ficou o passeio todo citando os autores que leu...
- Isso não é bom?
- É bom, mas, é bom também de vez em quando pensar com a própria cabeça.
MARCIANO VASQUES Histórias do Rospo - 36
ANORITA E A RÃ DO PROVÉRBIO
- " A rã que está no fundo do poço pensa que o céu é do tamanho da boca do poço ".
- Que bonito, Anorita! É um provérbio antigo, não é?
- Muito antigo, Sapabela. E muito sábio, também.
- Sim, devemos sempre tê-lo em mente quando a situação estiver difícil. Às vezes, as circunstâncias nos deixam em apuros, e como não encontramos a saída, nos sentimos como ela...
- Ela, quem?
- A rã do provérbio.
- Verdade. Então é sempre bom lembrar da imensidão do céu, muito mais amplo do que a "boca do poço".
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 35
CANÇÃO 25
QUEREM ACABAR COMIGO - Intérprete: Roberto Carlos
No início da carreira, o artista sofria algumas acusações, entre as quais a de perverter a juventude com as gírias e com seus gestos considerados femininos. O cantor, diante das críticas, respondeu com uma canção.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
CANÇÃO 40
HAPPY CHRISTMAS - Intérpretes: Gloria Estefan, Celine Dion & Charlotte Church - (Legendado-BR)
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
O SAPO E A CURIOSIDADE INFANTIL
Rospo está arrumando a sua biblioteca particular quando chega a Sapabela.
- Tem bastante livros, Rospo. Parabéns!
- Estou organizando. Como você sabe, a criançada vive aqui. Sobrinhos, filhos dos amigos...
- Bom que a sua bilblioteca seja um lugar atraente para os pequenos. O que está fazendo?
- Escrevendo um pequeno cartaz: PROIBIDO PARA CRIANÇA.
- Mas esses livros são infantis.
- Por isso mesmo.
- Explique.
- Eu quero que eles sejam lidos pela garotada.
- Mas pôs que é PROIBIDO.
- Parece que você não conhece a curiosidade das crianças.
- É verdade, Rospo. Se você diz que é proibido para as crianças, isso é o suficiente para despertar a curiosidade delas.
- Exatamente. Basta dizer que é proibido, e já garantiu que elas tentarão ler de todo jeito.
MARCIANO VASQUES Histórias do Rospo - 34
RARIDADES - 2
TREM SUJO DA LEOPOLDINA - Autor: Solano Trindade
Intérprete: Raquel Trindade, filha do poeta.
(No documentário "Geraldo Filme")
ARQUIVO MUSICAL DO BRASIL = 1
NÃO CREIO EM MAIS NADA - Intérprete: Paulo Sérgio
ARQUIVO MUSICAL DO BRASIL É UMA ESPAÇO NO QUAL ESTARÃO POSTAGENS DE MÚSICAS POPULARES QUE O POVO DO BRASIL OUVIU E CANTOU EM DETERMINADOS MOMENTOS, E QUE ESTÃO NO YOUTUBE. NESSAS POSTAGENS, SE PODERÁ, ENTRE OUTRAS COISAS, TER SUBSÍDIOS PARA SE ENTENDER MELHOR OS CAMINHOS DA INDÚSTRIA CULTURAL E A COMPREENSÃO DA IMPORTÂNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, O RÁDIO E A TELEVISÃO, NA CONSOLIDAÇÃO DA ALMA ROMÂNTICA POPULAR DO BRASIL.
(Marciano Vasques)
A FAXINA DO SAPO
— Hoje é dia de faxina, Monize, o Ano Novo está chegando.
— Verdade, enxada para limpar o quintal, muita água, muito sabão...
— Muita vassoura, Colibrã.
— Concordo, Joelminha, muita limpeza. Vamos deixar tudo brilhando. Os móveis lustrando, para receber o novo ano.
— 2011 merece!
— Sapabela, veja quem vem chegando!
— O Rospo. Está carregando um livro.
— Rospo, hoje é dia de faxina.
— Eu sei, por isso trouxe a minha vassoura.
— Vassoura? Isso é um livro.
— Pois é.
— Vai fazer faxina com um livro?
— Faxina da mente. Varrer os porões da mente. Retirar os entulhos. Entendeu? Deixar o pensamento limpo, brilhando...
— É, meninas. Ele está certo. Vou buscar um disco.
— Disco? Ora, Sapabela...
— Boa música também ajuda na faxina mental. Vocês não sabiam?
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 33
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
TRECHO DA ENTREVISTA
TRECHO DA ENTREVISTA QUE MARCIANO VASQUES CONCEDEU AO SAPO ROSPO E À SAPABELA
ROSPO - CASA AZUL DA LITERATURA é um blog de Literatura Infantil? É um blog infantil?
MARCIANO VASQUES - Não, de maneira nenhuma. CASA AZUL é um blog para pessoas que amam a poesia, a beleza e a arte, para os que acreditam que o mundo pode ser melhor, com mais justiça e mais amor. Como sou autor de Literatura Infantil, o blog, claro, tem muitas postagens de Literatura Infantil, pela qual, evidentemente, sou apaixonado.
SAPABELA - Por que você fica postando canções românticas?
MARCIANO VASQUES - Enquanto existirem homens e mulheres no mundo , essas canções continuarão a ser importantes.
Esse é um pequeno trecho da entrevista que os dois amigos realizaram com o autor Marciano Vasques
O SAPO QUE QUERIA MUDAR O MUNDO
—No portão de sua casa, Rospo conversa com a sua amiga Sapabela.
—Sapa, quero mudar o mundo.
—Entre, Rospo.
—O mundo está confuso. Preciso fazer algo, dar a minha contribuição.
—Entre, meu amigo....
—Com a minha ajuda, hei de melhorar o mundo...
— Entre, por favor.
—Sapa, que história é essa? Falo coisas e você me manda entrar.
—Ora, diz que quer melhorar o mundo.
—Exatamente.
—Pois então entre...
—Continuo sem entender.
—As primeiras mudanças devem começar na sua casa. É nela que você começa a melhorar o mundo.
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 32
A VIAGEM DO SAPO
- Não vi o Rospo hoje.
- Está viajando.
- Nem me avisou!
- Precisa avisar você, Sapabela?
- Quero dizer...Nem se despediu de mim, Joelminha.
- Não precisa.
- Claro que precisa. Se está viajando, tem que se despedir.
- Nesse caso não. Veja! Lá está ele na varanda.
- Mas está lendo um livro!
- Foi o que eu disse.
- Tem razão: Para essa viagem não precisa despedida.
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo - 31