Rospo encontra as amigas Colibrã e Sapabela:
- Olá, como vão, Sapinhas?
- Bem, e você, Rospo?
- Estou bem, porém sinto que me falta algo.
- Não tem ideia do que seja, Rospo?
- Não, mas estou sempre com a sensação de que está me faltando algo. Nunca estou completamente satisfeito.
- Isso não é próprio dos humanos?
- Sim, mas eu sou um sapo.
- É verdade, sapos em nada se parecem com os humanos. Mas, por que não vai a um analista?
- Boa idéia!
E assim, lá está o Rospo com o analista.
- E então, doutor?
- Você está bem, não tem nada, nenhum problema...
- Realmente, sinto que não me falta nada, acho que estou curado, vou-me embora, obrigado doutor, adeus...
- Espere, falta algo sim...
- O que?
- Pagar a conta.
- Hum, isto está me cheirando a humano, demasiado humano...
- Ora, Sapo, anfíbios também pagam conta...
- Eu sei, doutor, estou apenas brincando, mas, é incrível. Só de ter vindo aqui estou me sentindo melhor. Era isso o que me faltava...
- Verdade, as palavras de um doutor são infalíveis.
- "Isso está estranho..."
- Quando tiver algum problema, volte logo. Aqui está a conta...
- Doutor, estou com um problema...
- Qual é, Sapo?
- Aqui não é restaurante...
- Claro que não...
- Pois é, eu não poderei lavar os pratos...
- Senhor, está me dizendo que veio ao analista sem dinheiro?
- Lembrei!
- Lembrou o que?
- O que me faltava.
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HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 316
Marciano Vasques
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