O NATAL NÃO DESISTE |
"Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai-Noel..."
O Natal não desiste. Insiste a cada ano através dos tempos em descer o seu manto sobre a Terra. A maior festa da cristandade envolve os corações aflitos e endurecidos pelos cotidianos, enfeitando de amor e de esperanças os seres humanos.
Incentivado pelas artes, pelo cinema, pelo capitalismo por intermédio da avalanche publicitária que invade os lares pela telinha, não perde o seu brilho e a sua essência e se torna presente nas guirlandas que enlaçam corações.
O poeta já quis que o manto natalino trouxesse de volta a poesia ao coração do homem, e muitos desejam em meras palavras ou em frases profundas que o espírito do Natal permaneça durante o ano em todas as almas. Ilusão. Mas não custa sonhar.
Para muitos o Natal ultrapassa o espírito religioso e torna-se uma festa universal, aproximando-se da passagem dos anos.
Com elementos extraídos primordialmente dos festejos chamados de Saturnálias o Natal agigantou-se pela inefável necessidade humana de viver em clima de amor. E sempre insuflou no espírito do Ser uma gratidão amorosa para com a vida, que se depois é dissolvida pela rotina extenuante retornará no próximo dezembro.
Intempéries, agruras, luta, suor e sofrimentos não conseguem apagar a beleza indelével da data, que não é alusiva.
O outro lado do Natal? Sim, o comércio investe profundo, e todos embarcam na vontade sincera de dar presentes e depois se emaranham com dividas alongadas. O cartão de crédito é um grande auxílio no investimento do coração. No fundo a grande maioria gosta mesmo é de presentear, embora ganhar presentes também seja algo reconfortante; no gesto de presentear está a certeza de que por alguém somos queridos.
E as crianças? Para elas o evento é mágico. Mas o nosso é feito de imagens oníricas, de sonhos de neves. Não vivemos num país de nozes e neves. Ora, todos os simbolismos atravessam o tempo e se tornam partes da magia. A magia não tem nacionalidade. Por isso quando o presidente reeleito da Venezuela proibiu qualquer referência ao Papai-Noel por considerá-lo americano, cometeu um erro monstruoso. Natal não combina com política.
E que o bom velhinho Nicolau continue a reinar, não como um símbolo capitalista, mas de encantamento.
Que todos possam ter um Feliz Natal, da forma como ele possa ser concebido em cada coração.
MARCIANO VASQUES
Incentivado pelas artes, pelo cinema, pelo capitalismo por intermédio da avalanche publicitária que invade os lares pela telinha, não perde o seu brilho e a sua essência e se torna presente nas guirlandas que enlaçam corações.
O poeta já quis que o manto natalino trouxesse de volta a poesia ao coração do homem, e muitos desejam em meras palavras ou em frases profundas que o espírito do Natal permaneça durante o ano em todas as almas. Ilusão. Mas não custa sonhar.
Para muitos o Natal ultrapassa o espírito religioso e torna-se uma festa universal, aproximando-se da passagem dos anos.
Com elementos extraídos primordialmente dos festejos chamados de Saturnálias o Natal agigantou-se pela inefável necessidade humana de viver em clima de amor. E sempre insuflou no espírito do Ser uma gratidão amorosa para com a vida, que se depois é dissolvida pela rotina extenuante retornará no próximo dezembro.
Intempéries, agruras, luta, suor e sofrimentos não conseguem apagar a beleza indelével da data, que não é alusiva.
O outro lado do Natal? Sim, o comércio investe profundo, e todos embarcam na vontade sincera de dar presentes e depois se emaranham com dividas alongadas. O cartão de crédito é um grande auxílio no investimento do coração. No fundo a grande maioria gosta mesmo é de presentear, embora ganhar presentes também seja algo reconfortante; no gesto de presentear está a certeza de que por alguém somos queridos.
E as crianças? Para elas o evento é mágico. Mas o nosso é feito de imagens oníricas, de sonhos de neves. Não vivemos num país de nozes e neves. Ora, todos os simbolismos atravessam o tempo e se tornam partes da magia. A magia não tem nacionalidade. Por isso quando o presidente reeleito da Venezuela proibiu qualquer referência ao Papai-Noel por considerá-lo americano, cometeu um erro monstruoso. Natal não combina com política.
E que o bom velhinho Nicolau continue a reinar, não como um símbolo capitalista, mas de encantamento.
Que todos possam ter um Feliz Natal, da forma como ele possa ser concebido em cada coração.
MARCIANO VASQUES
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