Rospo estava de Bonanza! caminhando numa calçada do sol quando encontrou a Sapabela, bem mais sapa do que sempre.
- Rospo, que maravilha!
- O que aconteceu, Sapabela?
- Irei ao baile sábado.
- Baile?
- Minhas amigas de "ginásio" promoverão um baile da saudade. É o reencontro de velhas amizades.
- Isso é uma coisa boa, Sapa.
- Veja! Que absurdo! - exclama a bela sapa.
- O que, Sapabela?
- Um sapinho descalço num dia tão friorento.
- É algo preocupante. Eu diria, triste.
- É um absurdo!
- Sapa, você me fez pensar no uso que se faz das palavras.
- Diga.
- Ir ao baile virou maravilha, sapinho descalço no frio é absurdo.
- Não estou entendendo, Rospo.
- Precisamos usar as palavras com mais critérios.
- Por exemplo?
- Um sapinho nascendo é uma maravilha, e um cachorro voando é um absurdo...
- Compreendi. As palavras podem se desgastarem se forem usadas a granel, sem critérios...
- Ótimo, Sapabela! Você entendeu. Que maravilha!
- Ora, Rospo, você usou de forma inadequada.
- Será?
- Como, "Será"?
- A capacidade do sapo de entender é de fato uma maravilha.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 330
Marciano Vasques
Primeiramente, é um prazer segui-lo. Adoro literatura infantil e um dia pretendo escrever para elas.Para isso, terei que ler muito esse tipo de texto antes de iniciar a produção. Eis aqui um espaço que terei uma ótima oportunidade de fazê-lo.
ResponderExcluirEm segundo lugar, muito obrigada pelo comentário no meu blog e por me seguir. mto obrigada mesmo!!
E em terceiro, espero que ainda possamos trocar muitas visitas, ler muito, e nos deliciar de nossas divulgações.
Parabéns pelo espaço!
Em particular, a ideia desses sapos é genial!
^^
abraços literários