— Rospo, minha sobrinha me perguntou o que é hipérbole...
Hipérbole? Ora... Por que deveria eu saber?
— Ora, Sapabela. Todos precisam saber o que é hipérbole...
— Ora, Rospo... As coisas se aprendem na prática, com exemplos concretos... Não posso responder para a minha sobrinha, sem dar um exemplo palpável pela compreensão e pela sensibilidade dela...
— Sim, claro, o ensino da Língua deve ser algo agradável, prazeroso, lúdico... e totalmente inserido na realidade...
— E então, Rospo? Vamos ao cinema? Qual é o filme da vez?
— A Vênus Negra...
— Espera eu me trocar?
— Sim, claro, não se esqueça...
— Esquecer o quê?
— Vestidinho.
— Você não toma jeito, parece a minha amiga, a Sapa Anésia, sempre com brincadeiras...
— Vá lá, Sapabela, que estarei esperando...
— Espere só um minutinho...
Depois de um bom tempo.
— Sapabela! Esperei um século.
— Hoje demorei um pouquinho, mas é vestidinho novo, veja, rosa, e tem também um esmalte que combina com todas as luzes, até com o escuro do cinema. Gostou?
— Gostei antes de ver. Vamos, que a sessão logo vai começar. Mas, esperei um século...
— Já disse isso. Sabe, Rospo, ainda estou tentando saber o que é hipérbole...
— Não sabe ainda?
HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 618
Marciano Vasques
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Parabéns pelo espaço e pelo trabalho. Gostei demais desse texto, como dos outros que li aqui.
ResponderExcluirGrande abraço!
Obrigado!
ResponderExcluirSeja muito bem vindo!
Já sigo o seu blog.
Um forte abraço,
Marciano Vasques