—De cachimbo, comprando um presente, quando no reflexo da vidraça vê uma amiga se aproximando.
—Sapabela!
—Rospo! Não quero atrapalhar.
—Nem pense, Sapabela. Seu presente já comprei.
—Estive pensando: alguns consideram objetificação do afeto essa coisa de presentear no Natal. Nem ligo para isso. Se pode ser para uns dessa forma, para mim não é. O presente, o objeto, é apenas simbólico.
—Comigo é a mesma coisa.
—Quero expressar a felicidade em você, é uma forma de agradecer, entendeu? Agradecê-la por ter estado comigo durante o ano. No seu caso eu compraria um disco, um CD, para que possa ouvir as suas prediletas canções.
—Mesmo com o Youtube?
—Ora, Sapabela, não precisa ser tão certeira.
—Estou brincando, Rospo. É a primeira brincadeira de hoje. Gosta de ouvir música no Youtube?
—Apesar da subjetividade de quem produz o vídeo.
—Entendo: além de um disco, que presente seria mais personalizado para mim?
—Um que estará sempre presente. Um livro.
—Você é grande, Rospo!
—Participo de algo imenso, com você.
—Não me convenceu aquela sua desculpa de que não está preparado para o amor. Ninguém está, Rospo. Nenhum sapo, nenhuma sapa. Só para o amor universal, mas para o amor entre sapos e sapas, não há quem esteja ou se sinta preparado. A vida é um risco, e você preferiu não se arriscar em 2011. Talvez nem saiba o que perdeu.
—Não entendi, Sapabela.
—É que nem me viu na praia.
—?
—Não se quede pasmo, Rospo. Estou apenas brincando. É a segunda brincadeira. Entretanto, tantas sapas encantadoras conheceu...
—Quem há de negar isso, Sapabela?
—Por acaso, reservou o seu coração para alguma em especial. Rospo?
—Tem uma canção portuguesa de que muito gosto, amiga.
—Nem precisa falar, seu bobão. É "Nem as Paredes Confesso"... Uma coisa tenho que dizer: se quiser um amor tem que romper o invólucro da timidez.
—Parece tão preocupada com essas coisas, Sapabela. O que acontece?
—É que o ano está acabando e nossa amizade só cresceu, cada vez mais, a cada dia, e você manteve o imenso, assombroso respeito para comigo.
—Isso é uma coisa boa, Sapabela.
—Ao mesmo tempo foi bem danado. Não tirou os olhos dos meus vestidinhos.
—Cada um mais lindo.
—Sabe, Rospo. O que mais importa nisso tudo é que foi durante o ano o melhor companheiro que uma sapa pode ter. E tem mais: do seu coração quem sabe é você.
—Sapabela, posso dizer algo?
—Precisa de licor?
—Não. Só ia dizer que é uma grande amiga.
—Ainda serei promovida.
—?
—É a terceira brincadeira, meu amigo. Estou bem feliz com a nossa amizade. Além do mais, o que tiver que ser será.
—Concordo.
—Se concorda tem que ter corda pra puxar.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 745
Marciano Vasques
Estas palabras mensajeras a traves de las distancias, deseo lleguen a ti y seres queridos , portadoras de cariño y energias de BienEstar:
ResponderExcluirQue tú corazón esté ligero y tus bolsillos pesados.
Que la Buena suerte te persiga.
Que cada día y cada noche tengas muros contra el viento, y un techo para la lluvia.
Que tengas alimento junto a la fogata y, risas para consolarte.
Que aquellos a quienes amas estén cerca de ti,
Y........todo lo que tú corazón desee!
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FELIZ NOCHEBUENA..FELIZ NAVIDAD!!
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Abuela Cyber
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O que mais importa é ter conhecido a Casa Azul, o Rospo, Sapabela que durante todo o ano foram os melhores amigos que pude ter.
ResponderExcluirLuz
Ana