Nos fundos olhos da menina
Um raso riso ou riacho,
Uma lágrima miúda
Que fugiu num vento leve.
Busque o meu coração,
Refaça o regaço da saudade
E não me abandone....
Que azul!
Que azulcrinou
As crinas mais douradas
Num entardecer que eu vi.
Eu era tão menino!
Hoje pudesse só beijar
Um centelha sequer
Do tempo que em sua perdição
Diz não...
Nem sei,
Mas quem dera ter enlouquecido
Um décimo
do que mereço...
Nas ruas
Dos bêbados de poesia,
Sei lá,
Nervuras que acalento...
Num esquecido
Verso
De ferido acalanto
Marciano Vasques
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