- Olá, Rospo. Como vai você?
- Sapabela! Reparei que está falando baixo.
- É a minha revolução, meu amigo.
- Falar baixo?
- Com certeza.
- Interessante.
- Cada um deve ter a sua revolução pessoal, eu tenho a minha.
- Fale um pouquinho sobre essa sua "revolução pessoal" Sapabela, mas, baixo, claro.
- Pois é, num mundo motivado por barulheira infernal e tanta gritaria, falar baixo é a minha revolução...
- É o seu toque feminino?
- Ultrapassa isso, meu querido. É a minha revolução para o bem do brejo, do mundo... Estou fazendo a minha parte, sou o passarinho da fábula...
- E se sente bem assim, falando baixo, competindo com o barulho e com a gritaria atual?
- Aprendi com você, Rospo, que jamais devemos competir... Não estou competindo com nada nem com ninguém, apenas essa é a minha forma de estar no mundo, e quero "gritar!" sempre baixo, a dizer: "Ei! Eu estou aqui! Eu, aquela que fala baixo, aquela que fala suave"...
- Suave! Sim, é isso! Você não fala baixo, fala suavemente. Essa é realmente uma grande revolução, minha querida.
- Podiam ser dois revolucionários. O que acha?
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 -328
Marciano Vasques
Tá ficando cada vez melhor...
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