A AVENTURA COMEÇA AQUI
—Queria
viver grandes aventuras—disse a Colibrã para a amiga Sapabela, num
encontro casual.
—Sim?
—Viajar,
como os vikings, os navegantes, os argonautas, conhecer novos lugares,
ser uma autêntica exploradora de mundos...
—Como,
Sapabela?
—Nem
carece de avião, navio... Viva grandes aventuras no “Aqui”...
—“Aqui”?
—Aprendi
com um amigo meu...
—De
que forma?, diga, amiga?! Ler um livro, assistir a um filme?
—Mais que isso...
—Mais que isso...
—É?
—Ser
gentil, semear conversas, sorrir...
—Está
falando sério?
—Sempre
falo sério, mesmo quando estou brincando. Brincadeira é coisa
séria, para mim. Com seriedade a brincadeira fica mais saborosa...
—Você
é um circo.
—Obrigado,
a minha alma cigana agradece.
—Só
sorrir? Só ser gentil?
—Abrir
o coração, Colibrã, já é uma grande aventura, uma aventura
“fabulosa”... e também o velho mergulho, mergulhar em si...
Você é um oceano, e a chegada ao porto poderá ser uma festa de
coloridos e do aplauso mais luminoso... O aplauso de sua própria
alma... Entregar-se com amor é a mais pura aventura. Amor em tudo o
que se faz...
—Você
já está quase me convencendo, Sapabela.
Chega
o Rospo:
—Sapabela,
vamos até a padaria Rubi?
—Sim,
vamos à padaria Rubi. Tem alguma novidade?
—Nossas
conversas sempre são novidades, Sapabela.
—Sim,
irei com você até a padaria Rubi. Que aventura emocionante!
—Yupiiii!
—A
aventura começa “Aqui”...
—Aventura?
—Sim,
Colibrã, vou indo...
Sapabela
dá uma piscadinha para a Colibrã, que pensa:
—“É,
talvez ela tenha alguma razão...”
HISTÓRIAS DO ROSPO 2012 — 826
Marciano Vasques
obrigado! e parabéns pelo belo trabalho.
ResponderExcluir