- Viva! A democracia da solidão chegou lá em casa!
- Do que está falando, Rospo?
- Você não sabia que a solidão foi democratizada?
- Nunca ouvi falar...
- Pois é, a solidão foi democratizada... E tem filósofo falando sobre isso.
- Foi democratizada e chegou em sua casa...
- Sim, ganhei um computador.
- Entendi. Mas, quando vou ao computador não me sinto solitária.
- Não?
- Não. Apenas estou sozinha.
- Realmente, minha querida sapa. O computador mudou a vida no brejo...
- A Internet.
- Concordo, a gente pode se relacionar com milhares de sapos que estão distantes, do outro lado do mundo...
- E nem tem quase tempo para os que estão próximos...
- O ideal será no futuro. Em cada cômodo da casa um computador...
- Então a Internet vai aproximar a família.
- Sapa, será que estamos exagerando?
- Não sei, Rospo, mas abra logo o seu e-mail, pois precisamos conversar muito.
MARCIANO VASQUES
Histórias do Rospo 2010 - 19
É uma realidade...
ResponderExcluirAquelas conversas gostosas entre a familia esta acabando.
Aquela saidinha para brincar na rua com os amigos tbem.
E assim as pessoas estão ficando mais frias, sem o calor do contato, sem o olhar nos olhos...
E isso é triste.
Bjos querido.
Tenha um final de semana lindo
Sim, Sandra,
ResponderExcluirA televisão tornou as pessoas menos generosas. Ocorre que alguns filósofos contemporâneos já estão debatendo essas questões. Com o surgimento da televisão, as pessoas adquiriram o hábito de conversar olhando de lado, e não mais, de um modo geral,se olham de frente, o brilho nos olhos, o rosto exposto. Muitas vezes, pais e filhos convivem sem se conhecerem de fato. Mulheres levam suas crianças para as creches ou escolas e seguem na frente, deixando o pequeno lá atrás, e assim por diante. Rospo e Sapabela estão atentos para tudo isso, lá no brejo deles, essas questões estão nas conversas, pois sabem o valor da conversa, coisa rara atualmente. A própria música perde aos poucos o seu sentido original, de elevar o espírito, e as pessoas estão ouvindo música no elevador, no carro, conversando, jantando, e alguns têm mais de 1000 músicas arquivadas, é realmente uma loucura. Na verdade, estamos precisando com urgência de uma nova reforma do entendimento.
Tchau, um beijo,
Marciano Vasques