—Rospo! Vamos abrir a semana?
—Vamos! Um chocolate com menta, pode ser?
—Uau! Vamos lá. E então, que me diz de novo?
—Uma rara descoberta.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
A NOITE DAS NOVIDADES
—Alô, Sapabela?
—Rospo! Você ligou!
—Está trovejando muito, um temporal está desabando.
—Tenho até receio de chegar perto da janela, por causa dos relâmpagos, fico pensando no quanto os relâmpagos encantaram nossos antigos. Tem alguma novidade, amigo?
—O movimento de translação prossegue... As estrelas explodem na mais infinita profundeza do universo...
—Que mais?
—Em alguns lugares está nevando, em outros um sol latente, em alguns vilarejos é noite enluarada, em outros, é calor de querer praia...
—Que mais?
—Há mesmo uma sincronicidade em tudo. A vida latejante pulsa no gafanhoto saltitante e a ventania desenha a sua valsa na verde fotossíntese das folhas. Uma criança sorri e o seu sorriso faz desabrochar a alegria nos corações...
—Rospo, essas são as novidades?
—Sim, há uma ligação forte em tudo o que acontece na imensidão. O azul da noite, as águas que se agitam, os pirilampos, as sapas que caminham nas calçadas em busca dos sonhos perdidos, os sapos que desaprenderam de sonhar por conta da ausência atrofiada da poesia e das fábulas... As necessidades travam batalhas com o prazer além das constelações e da suavidade do vento que diz que ele é a força imperceptível numa insondável noite de domingo...
—Quantas novidades, amigo! Tem alguma que considera maior?
—Sim, nalgum canto do planeta um sapo telefona para a sua amiga.
—No exato momento em que tudo acontece.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2012 — 835
Marciano Vasques
—Rospo! Você ligou!
—Está trovejando muito, um temporal está desabando.
—Tenho até receio de chegar perto da janela, por causa dos relâmpagos, fico pensando no quanto os relâmpagos encantaram nossos antigos. Tem alguma novidade, amigo?
—O movimento de translação prossegue... As estrelas explodem na mais infinita profundeza do universo...
—Que mais?
—Em alguns lugares está nevando, em outros um sol latente, em alguns vilarejos é noite enluarada, em outros, é calor de querer praia...
—Que mais?
—Há mesmo uma sincronicidade em tudo. A vida latejante pulsa no gafanhoto saltitante e a ventania desenha a sua valsa na verde fotossíntese das folhas. Uma criança sorri e o seu sorriso faz desabrochar a alegria nos corações...
—Rospo, essas são as novidades?
—Sim, há uma ligação forte em tudo o que acontece na imensidão. O azul da noite, as águas que se agitam, os pirilampos, as sapas que caminham nas calçadas em busca dos sonhos perdidos, os sapos que desaprenderam de sonhar por conta da ausência atrofiada da poesia e das fábulas... As necessidades travam batalhas com o prazer além das constelações e da suavidade do vento que diz que ele é a força imperceptível numa insondável noite de domingo...
—Quantas novidades, amigo! Tem alguma que considera maior?
—Sim, nalgum canto do planeta um sapo telefona para a sua amiga.
—No exato momento em que tudo acontece.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2012 — 835
Marciano Vasques
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HISTÓRIAS DO ROSPO 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
UM LONG PLAY E ALGO MAIS
—Rospo! Manhã chuvosa! Viva! Yapo!
—Sapabela, que linda! Está indo à padaria Rubi?
—Sim, buscar o sonho da manhã. Sempre me ponho a pensar no que você disse certa vez, Rospo: Que um sapo precisa apenas de um Long Play em sua vida.
—Sapabela, que linda! Está indo à padaria Rubi?
—Sim, buscar o sonho da manhã. Sempre me ponho a pensar no que você disse certa vez, Rospo: Que um sapo precisa apenas de um Long Play em sua vida.
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sábado, 13 de outubro de 2012
O BEIJO GIGANTE
—Rospo! É sábado!
—Já é noite de sábado, amiga.
—E então?
—Poderíamos ir até a...
—É pra já!
—Nem falei!
—Vou me aprontar em um minuto, meu querido.
—Isso não existe.
—Rospo, sempre vale a pena esperar.
—É verdade, bobo o sapo que ainda não aprendeu isso.
—Vou desligar.
—Até logo mais.
Breve estão os dois caminhando numa calçada.
—Estou tão feliz, Rospo!
—Eu também, e a noite está fria. Isso é melhor ainda, pois inspira um licor de anis.
—Sabe, Rospo, estive pensando no beijo gigante.
—Que beijo gigante, bela?
—Às vezes, recebemos um beijo gigante e nem nos damos conta.
—E como é esse beijo gigante?
—É o beijo da consciência, e também o beijo da Poesia. Esse beijo é um estalar em nós, um toque repentino, uma luz breve a nos chamar. Somos filhos da alvorada, sempre, e a vida se renova a cada dia, a cada noite. Pobre do sapo que se esqueceu das estrelas... Desse manto bordado para nos regalar a alma com brilho e a inesgotável fonte da alegria.
—E às vezes assusta contemplar as estrelas, por causa da imensidão.
—Rospo, o beijo gigante é o beijo da aventura de viver, é o beijo de um bem querer, é o beijo da brisa suave a nos tocar a face...
—Sei, o beijo gigante é a porção melhor de cada um que se manifesta através das coisas que são e importam. Esse beijo gigante certamente estará nas coisas simples da vida, e é nessa simplicidade que nos deparamos com aquilo que somos profundamente... Pois o que somos profundamente é diferente do que apenas fugazmente somos, de forma superficial... Só o mergulho interessa, o mergulho para si,
—Veja, lá está a padaria Rubi com as suas luzes.
—Yupiiii!
—Li outro dia que o que mais tem no brejo e no mundo são sapas.
—É verdade, tem mais sapas do que sapos...
—O que pensa disso?
—Que um sapo não pode esquecer de algo muito valioso.
—Sim?
—Que não importa que tenha tantas sapas no brejo e no mundo... O que realmente importa é que cada sapa é única, e feliz o sapo que encontra a sua....
—Viu só? Isso é um beijo gigante.
—Vamos entrar?
—Vamos, estou com saudades do licor de anis.
—Yupiiii!
—Rospo, o beijo gigante sempre estará espreitando o sapo que intensamente vive o aprendizado da colheita.
—Sapabela, só o beijo gigante importa, não é?
—Sim, entre tantas miudezas contemporâneas, ele resiste.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2012 — 833
Marciano Vasques
—Já é noite de sábado, amiga.
—E então?
—Poderíamos ir até a...
—É pra já!
—Nem falei!
—Vou me aprontar em um minuto, meu querido.
—Isso não existe.
—Rospo, sempre vale a pena esperar.
—É verdade, bobo o sapo que ainda não aprendeu isso.
—Vou desligar.
—Até logo mais.
Breve estão os dois caminhando numa calçada.
—Estou tão feliz, Rospo!
—Eu também, e a noite está fria. Isso é melhor ainda, pois inspira um licor de anis.
—Sabe, Rospo, estive pensando no beijo gigante.
—Que beijo gigante, bela?
—Às vezes, recebemos um beijo gigante e nem nos damos conta.
—E como é esse beijo gigante?
—É o beijo da consciência, e também o beijo da Poesia. Esse beijo é um estalar em nós, um toque repentino, uma luz breve a nos chamar. Somos filhos da alvorada, sempre, e a vida se renova a cada dia, a cada noite. Pobre do sapo que se esqueceu das estrelas... Desse manto bordado para nos regalar a alma com brilho e a inesgotável fonte da alegria.
—E às vezes assusta contemplar as estrelas, por causa da imensidão.
—Rospo, o beijo gigante é o beijo da aventura de viver, é o beijo de um bem querer, é o beijo da brisa suave a nos tocar a face...
—Sei, o beijo gigante é a porção melhor de cada um que se manifesta através das coisas que são e importam. Esse beijo gigante certamente estará nas coisas simples da vida, e é nessa simplicidade que nos deparamos com aquilo que somos profundamente... Pois o que somos profundamente é diferente do que apenas fugazmente somos, de forma superficial... Só o mergulho interessa, o mergulho para si,
—Veja, lá está a padaria Rubi com as suas luzes.
—Yupiiii!
—Li outro dia que o que mais tem no brejo e no mundo são sapas.
—É verdade, tem mais sapas do que sapos...
—O que pensa disso?
—Que um sapo não pode esquecer de algo muito valioso.
—Sim?
—Que não importa que tenha tantas sapas no brejo e no mundo... O que realmente importa é que cada sapa é única, e feliz o sapo que encontra a sua....
—Viu só? Isso é um beijo gigante.
—Vamos entrar?
—Vamos, estou com saudades do licor de anis.
—Yupiiii!
—Rospo, o beijo gigante sempre estará espreitando o sapo que intensamente vive o aprendizado da colheita.
—Sapabela, só o beijo gigante importa, não é?
—Sim, entre tantas miudezas contemporâneas, ele resiste.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2012 — 833
Marciano Vasques
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sexta-feira, 12 de outubro de 2012
ENTRE OS FRAGMENTOS
Nudez,
Que amortece,
Numa ilusão
Que não compensa.
Dança passageira
Num transtorno
Sem resgates.
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NOVA PALAVRA FIANDEIRA !
PALAVRA FIANDEIRA
REVISTA LITERÁRIA
REVISTA LITERÁRIA
Publicação digital de Literatura e Artes
ANO 3 —Nº87 — 13/OUTUBRO/2012
EDIÇÕES AOS SÁBADOS
NESTA EDIÇÃO:
RONALDO CAGIANO
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012
SAPA SABADOFICADA NA QUINTA
—Rospo! Yap! Que sábado!
—Sábado nada, minha linda. Hoje é quinta!
—Uau! Viva! O "Dia do Trovão" é feriado!
—Maluca? O feriado é amanhã, sexta.
—Sexta? Feriado? Viva! O "Dia da Protetora dos amores"! Por isso já me sinto sabadoficada.
—Sábado nada, minha linda. Hoje é quinta!
—Uau! Viva! O "Dia do Trovão" é feriado!
—Maluca? O feriado é amanhã, sexta.
—Sexta? Feriado? Viva! O "Dia da Protetora dos amores"! Por isso já me sinto sabadoficada.
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sexta-feira, 5 de outubro de 2012
FRAGMENTO DE HORA VAGA
Passo na rua
Só pra lembrar
Que existe portão,
E lua.
Só pra lembrar
Que existe portão,
E lua.
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