Marciano Vasques NAMORADOS ETERNAMENTE |
Eles sempre estiveram presentes nas histórias que atravessam gerações. Na mitologia, Eros e Psique inauguram um padrão de amor que jamais abandonou o humano, Eurídice e Orfeu promovem o encontro entre a dança e a música, e pela primeira vez o homem desce ao inferno por causa da mulher. Pelo amor de Eurídice, Orfeu vai à luta e sem a sua amada, ele se destrói, morre. Depois, nas lendas, os namorados reaparecem. Tristão e Isolda inauguram o romance que será vigorado com Shakespeare. Pelo fio de cabelo de Isolda, Tristão vai buscá-la. E os amantes morrem por amor. Ninguém vive sem namorar. O namoro é a fase essencial na vida de cada pessoa. Quando adolescem, homens e mulheres buscam naturalmente no outro a eterna metade que falta. Namorar é preciso, é certo, é necessário, vital. Namorados poetizam a vida.
Depois, nos romances inesquecíveis, e nos grandes clássicos do romantismo, eles estão presentes. Quem nunca ouviu falar de Ceci e Peri, os namorados nativos que embelezaram a nossa literatura? Namoros de todos os tempos ressurgem com novas roupagens e novos ideais.
No XX, reaparecem na comunicação de massa. Inesquecíveis alguns, que parecem eternos. O Espírito que anda e a sua enfermeira, a bela Diana Palmer, que tanto cuidado inspirou dos desenhistas, Mandrake entrelaçado pela mágica do namoro, com a bela e a inesquecível Narda, Flash Gordon confundindo o azul do espaço infinito com os olhos de Dalen Arden, a eterna Minie, e, claro, a grande Margarida, que para tirar o sossego do Donald, aderiu tranqüilamente ao movimento feminista e mostrou que uma namorada tem muito valor.
Nas canções eles encontraram a forma direta de falar ao coração. Compositores e cantores construíram suas belas carreiras falando de amores e namoros felizes ou que não deram certo. Cada um deve ter no baú da sua memória, algum dolorido adeus ou alguma história inesquecível, alguém que esteve um dia em seus braços, cabelos cariciosos, palavras sussurradas, momentos de felicidade. Cada um deve ter na sua memória afetiva, onde residem as lembranças de antigos namoros, alguma canção.
Romantismo, cavalheirismo, homens ficaram ao lado de suas mulheres, fizeram a corte, participaram da sedução, que é a mãe da felicidade amorosa. Mulheres se pentearam, vestiram seus vestidos, moças sonharam acordadas. O namoro tornou-se infinitas vezes o eixo central na vida de tantas pessoas.
Desde um bolero ao mais embalado rock, canções falaram de amor.
Desde um bolero ao mais embalado rock, canções falaram de amor.
E qual compositor ou cantor não retratou musicalmente alguma história de namoro? Chico? Caetano? Gil? Rita Pavone? Domenico Modugno, Gigliola Cinquetti? Qual poeta? Drummond? Gullar? Lorca? Cecília? Mário de Andrade - o poeta patrono de São Paulo? Neruda? Florbela Espanca? Murilo Mendes? Qual?
Hoje, o mundo está mudando, muitas mulheres não querem mais continuar encasteladas, esperando pelo tal príncipe encantado, e vão à luta, participam lucidamente do jogo sedutor, tornam-se namoradas.
Hoje ainda há colecionadores de metáforas da lua, que não perdeu o seu encanto e continua dos namorados e dos poetas. O homem afinal pisou no astro, mas apenas no satélite natural da Terra, jamais pisará na lua dos eternos enamorados. E ela continuará a fiel testemunha de tantas histórias de amor, tantos suspiros, tantas lágrimas e tantos sorrisos alargando rostos.
E como alguém já falou, o mundo será menos perigoso, quando os namorados invadirem definitivamente os parques, as praças e todas as ruas da cidade. A praça é do povo como o céu é do condor, dizia o poeta. Depois disse a Bahia, a praça Castro Alves é do povo como o céu é do avião, e agora estamos dizendo que a praça é dos namorados como o céu é dos pássaros.
Junho, o céu já foi dos balões, que se foram, mas a praça está esperando pelos namorados.
HOLA MARCIANO:
ResponderExcluirYo los años 60, cuando cantaba Gigiola Cinquetti, de la que era fan, no los cambiaba por los de ahora en cuanto al romanticismo.
Yo veia las parejas de novios más enamoradas que ahora.
Me dijieste que escribiera sobre el tema de los enamorados antes del 12 de junio.
Si qieres volver a escrbirme para decirme las normas.
Hoy en mi blog hablo del una historia de amor romántica.
Un abrazo, Montserrat
Montserrat,
ResponderExcluirO tema do amor e dos namorados será para a Edição Temática de PALAVRA FIANDEIRA, que irá ao ar no dia 12 de Junho, Dia dos Namorados no Brasil.Não tem normas, pode escrever quantas linhas e pautas quiser.
Quando quiser, pode enviar a sua colaboração. Alguns convidados já enviaram.
Um abraço de Marciano Vasques