domingo, 6 de junho de 2010

SAPABELA LEU NO PAPIRO ATÔMICO


SAPABELA LEU NO PAPIRO ATÔMICO

- Rospo, leu a história da meninina?
- Li, Sapabela. Saiu no "Papiro Atômico".
- Que papo é esse de loira burra?
- Isso é preconceito, estereótipo.
- Como surgiu isso? Quem inventou essa onda?
- Não sei, é um preconceito já antigo entre os humanos. Só sei que o cinema, e até a música contribuíram para ampliar e divulgar essa ideia. É uma pena que a arte às vezes cometa esses deslizes.
- Ainda bem que aqui no brejo ninguém anda rindo de piadas de loiras burras, mas sei que essa tal menininha loira demonstrou com a sua inteligência e o seu talento que é papo furado essa história de loira ser burra. Quem inventou essa bobagem afinal?
- Pois é, Sapabela, só os que vivem no " Jurássico Mental " ajudam a disseminar, a propagar ideias preconceituosas.
- Rospo, parece que para os humanos é uma tarefa um pouco árdua ter que se livrar de todos os preconceitos.
- Limpar a mente às vezes dá trabalho, Sapa.


MARCIANO VASQUES
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 76

4 comentários:

  1. realmente preconceito de qualquer natureza não tem graça nenhuma...
    Embora eu ache que a musica do Gabriel o Pensador (se eu entendi a sua critica) não dissemina preconceito contras as louras, mas critica uma categoria de mulheres superficiais, futeis sem conteudo e que tingem o cabelo de louro, ou seja,é um estereotipo, nem são louras de verdade, por isso a grafia da musica diz LORA, pra enfatizar a falsidade...
    Mas entendo o seu ponto de vista, e o texto é mais que apropriado. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. HOLA RANITAS SABIAS:

    ESTOS DIAS ANDO MUY ATEREADA Y TENGO POCO TIEMPO PARA HACER COMENTARIOS.

    PERO OS MANDO UN ABRAZO, MUY GRANDE, montserrat

    ResponderExcluir
  3. Claudinha,
    Concordo de forma plena com você. A intenção da música a qual você se refere não é difundir preconceito. O que ocorre, infelizmente, é que em nosso país (principalmente) há muita distância entre intenção e gesto, como diria o poeta, ou de forma mais clara, teríamos que investir forte na educação do povo, e talvez, além do governo, o artista teria que seguir o que diz a canção do Milton Nascimento, mas ir até onde o povo está, porém com um propósito educativo. Para visualizar bem o que estou dizendo, dou como exemplo uma canção de conteúdo profundo, que Chico Buarque gravou. Geni e o Zepelim. Pois bem, uma das mais belas e significativas canções do nosso cancioneiro. Mas, então, vejamos: no meio do povo o que ficou, o que pegou foi o "Joga bosta na Geni " totalmente descontextualizado. Compreendeu?
    Então, é exatamente isso. A música do Gabriel o Pensador não quis alastrar preconceitos, mas, infelizmente, muita gente passou a inventar piadas de loira burra sem entender o significado da letra. Gostei do seu comentário, seja sempre bem-vinda. Um abraço e tenho certeza de que a Sapabela está contente com a sua colaboração.
    Marciano Vasques

    ResponderExcluir
  4. E como dá trabalho limpar a mente...Falando em preconceito e limpar a mente, ontem vi numa matéria na Tv, algo que me deixou indignada. o Em um luxuoso passeio de trem pela África do Sul, o reporter faz algumas perguntas para um casal de ingleses sobre a situação do país, e a senhora diz que o Apartheid foi um grande erro, e que os negros iriam acabar com tudo q os "brancos" construiram no país. Agora pergunto, é possível limpar tais mentes? O preconceito é uma doença, e sua erradicação é quase impossivel.

    abraçs

    ResponderExcluir

Pesquisar neste blog