- Quer uma, Sapabela?
- Lógico, já sabe que não dispenso história. Se for para ouvir uma na estação, até perco o trem.
- Hoje contarei a do Sapo sanfoneiro e a Cigarra.
- Essa eu não conheço. Vamos lá...
*
Enquanto vendia artesanato, o sapo, com seu desejo nato de fazer arte, por toda parte onde passava, lembrava da sanfona, dona da sua alegria, durante a noite ou durante o dia.
Nas horas livres tocava e cantava: no brejo, brejeiro, na porta, perto do porto, na lagoa, numa boa e, para felicidade dos moradores, na cidade, quando estava à toa, cantava amores.
Em ré, em fá, em dó, num tango, bolero ou forró. Em qualquer melodia, qualquer canção, trazia alegria ao coração.
Mas os amigos intrigavam:
- Esse sapo é vadio, fica tocando e cantando. Parece não ter ocupação. Em vez de trabalhar, só pensa em cantar.
E lá estava entristecido o sapo sanfoneiro quando alguém se aproximou:
- Oi: vamos formar uma dupla?
- Quem é você?
- Adoro cantar e também não sou compreendida.
E assim surgiu a mais talentosa dupla de artistas: o Sapo e a Cigarra.
Em ré, em fá, em dó, num tango, bolero ou forró. Em qualquer melodia, qualquer canção, trazia alegria ao coração.
Mas os amigos intrigavam:
- Esse sapo é vadio, fica tocando e cantando. Parece não ter ocupação. Em vez de trabalhar, só pensa em cantar.
E lá estava entristecido o sapo sanfoneiro quando alguém se aproximou:
- Oi: vamos formar uma dupla?
- Quem é você?
- Adoro cantar e também não sou compreendida.
E assim surgiu a mais talentosa dupla de artistas: o Sapo e a Cigarra.
*
- Rospo, gostei muito da história. Já pensou em tocar sanfona?
- Já pensou em cantar, Sapabela?
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 134
Marciano Vasques
ARTE: Daniela Vasques
hola
ResponderExcluirmaravilloso trabajo, me encantan las hstorias infantiles y sobre todo las imagenes que las acompañan, invitan siempre a ese mundo de fantasía puesto a nuestra disposición por personas como tú. muchisimas gracias.