segunda-feira, 12 de julho de 2010

O SAPO SANFONEIRO E A CANTORA

 Passeando num sábado, Rospo e Sapabela, e o sorvete, claro, conversam coisas quando ele se lembra de que está faltando algo, uma história.
- Quer uma, Sapabela?
- Lógico, já sabe que não dispenso história. Se for para ouvir uma na estação, até perco o trem.
- Hoje contarei a do Sapo sanfoneiro e a Cigarra.
- Essa eu não conheço. Vamos lá...
                                             *

Enquanto vendia artesanato, o sapo, com seu desejo nato de fazer arte, por toda parte onde passava, lembrava da sanfona, dona da sua alegria, durante a noite ou durante o dia.

Nas horas livres tocava e cantava: no brejo, brejeiro, na porta, perto do porto, na lagoa, numa boa e, para felicidade dos moradores, na cidade, quando estava à toa, cantava amores.

Em ré, em fá, em dó, num tango, bolero ou forró. Em qualquer melodia, qualquer canção, trazia alegria ao coração.

Mas os amigos intrigavam:

- Esse sapo é vadio, fica tocando e cantando. Parece não ter ocupação. Em vez  de trabalhar, só pensa em cantar.

E lá estava entristecido o sapo sanfoneiro quando alguém se aproximou:

- Oi: vamos formar uma dupla?

- Quem é você?

- Adoro cantar e também não sou compreendida.

E assim surgiu a mais talentosa dupla de artistas: o Sapo e a Cigarra.

                                            *

- Rospo, gostei muito da história. Já pensou em tocar sanfona?
 - Já pensou em cantar, Sapabela?

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 134
 Marciano Vasques
ARTE: Daniela Vasques

Um comentário:

  1. hola
    maravilloso trabajo, me encantan las hstorias infantiles y sobre todo las imagenes que las acompañan, invitan siempre a ese mundo de fantasía puesto a nuestra disposición por personas como tú. muchisimas gracias.

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