quarta-feira, 7 de julho de 2010

ROSPO E O SILÊNCIO




Rospo na Internet quando ela chega:
- Sapabela, decidi ser escritor.
- Ótimo, Rospo, o brejo necessita de escritores.
- Estou enviando mensagens e criações para vários destinatários: são poetas, escritores...
- E todos respondem?
- A maioria fica em silêncio.
- E isso dói?
- Claro que não! É um grande incentivo.
- Quem não responde? E por que o silêncio?
- São intelectuais, poetas...Alguns andam em blocos, outros, sozinhos...
- Por que agem assim, Rospo?
- É por que talvez acreditem que se não falam de mim, eu não existo.
- Então, nem sempre a vida literária é um doce de letras ou um pote de versos.
- A vida literária é como a vida, Sapabela... E se fosse um pote de versos, nem sempre seria melado...
- Sim, nem sempre os versos são açucarados...
- É isso, Sapabela. Deixe-me enviar outras mensagens.
- Para que, Rospo? E o silêncio?
- Ora, Sapabela, é divertido saber que a minha inexistência incomoda.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 113
Marciano Vasques
Daniela Vasques


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