quarta-feira, 7 de julho de 2010

SAPABELA E OS TESOUROS





- Colibrã, como era fácil encontrar um tesouro na infância!
- É lógico, Sapabela, ou melhor, é mágico...
- Sim?
- Os tesouros estavam em seus olhos.
- Nos meus olhos?
- Exatamente. Eles estavam preparados para a grande caçada.
- Grande caçada?
- A busca natural dos tesouros próprios da infância. Bastava lançar o olhar.
- Hoje tudo é diferente, Colibrã, não consigo encontrar tesouros.
- E você os procura?
- Sim, na água, no ar, nos riachos, nos terrenos arenosos, nas montanhas...
- Você procura riquezas materiais?
- Não! Procuro um tesouro que possa me trazer a verdadeira felicidade.
- Sapabela, se o tesouro que você procura estivesse em vales e montanhas, seria mais fácil encontrá-lo...
- Então, onde ele está?
- No lugar mais difícil de ser localizado.
- Onde?
- Um lugar de difícil acesso...
- Onde?
- Um lugar às vezes esquecido...
- Onde?
- Dentro de você.
- E como é esse tesouro?
- Pense nos da sua infância.
- Nem lembro direito.
- "Vai ser mais difícil do que eu imaginava..."


- O que elas estão fazendo, Rospo?
- Ensaiando uma peça de teatro.
- Pôxa! Que tesouro!


HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 110
Marciano Vasques
Daniela Vasques


Um comentário:

  1. No dia em que o ser humano sentir-se capaz de olhar-se tal qual é em essência sem deixar-se influenciar pela mídia esse grande tesosuro será descobertos e teremos assim um mundo melhor!

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