sábado, 17 de julho de 2010

SAPO ENTRISTECIDO



- Sapabela, vivo sorrindo por aí.
- Isso é bom, Rospo. O brejo necessita do seu sorriso.
- Tem certeza?
- Certeza é algo duvidoso, às vezes, meu amigo.
- Acontece que não reparam o meu sorriso. E até sorrir hoje em dia está meio arriscado...
- Rospo, você não está bem. Algo o deve ter magoado, certamente.
- Encontrei muitos sapos carrancudos no caminho...
- Rostos sorridentes são como flores. Sei como se sente. Encontrar só sapo de cara amarrada entristece. Entristece, mas não embrutece. Continue a sorrir. Nenhum sorriso será em vão.
- Ouvi-la me faz sentir melhor, Sapa. Tentarei esboçar um sorriso.
- Todos precisam de flores, lembre-se. E eu regarei o seu sorriso, prometo.



HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 142
Marciano Vasques


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