segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AS JOIAS INVISÍVEIS



Rospo e Sapabela conversam quando passa por eles uma sapa repleta de joias caras. Brincos, anéis, colares, broches  e pulseiras.
- É tudo tão brilhante, tão colorido e tão valioso! Essa sapa está muito enfeitada.
- É bonito realmente,  e eu gosto de ver, Sapabela. Afinal são as joias visíveis, aquelas que têm preço no mercado.
- Joias visíveis? Por acaso existem joias invisíveis?
- São as que não podem ser penduradas no pescoço. Elas não têm preço.
- Então são muito valiosas.
- Um poema que você leu e guardou consigo, uma história que contou para um sapinho, um abraço, um beijo, um olhar amoroso, um sorriso...um aperto de mão sincero, uma conversa, uma canção de ninar, um gesto de amor...
- Rospo, não sabia que tinha tantas joias dentro de mim.
- Eu sempre soube.
- Consegue ver as joias invisíveis?
- Todos conseguem. É só limpar o olhar no riacho da poesia quando ele estiver embaçado pela rotina.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 175
Marciano Vasques

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