domingo, 15 de agosto de 2010

O GUARDA E O CEGO



Rospo no Shopping quando passa por eles o mesmo guarda conduzindo pelo braço um cego, tal como em outros dias.
- Ei!
- Pois não, Sapo.
- Cego ouve, sabia?
- O que foi? Qual é o papo?
- Nos últimos dias tenho reparado que o senhor conduz os cegos sem dizer uma palavra.
- E o que tem isso a ver, Sapo?
- O meu nome é Rospo.
- E eu com isso?
- O senhor não diz nada.
- Qual é o problema?
- O cego não ouve a sua voz...
- E dai?
- Perde a oportunidade de ouvir o timbre da voz daquele que o conduz.
- Sapo, não enche...
- Deve ser triste ser conduzido pelo silêncio...De que adianta ser guarda se não consegue guardar as coisas essenciais?

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 186
Marciano Vasques

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar neste blog