quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O PRIMEIRO DIA DO SAPO

- Rospo! Apreciando o azul?
- A praça sempre é benéfica...Pena que a maioria prefere ficar no sofá vendo TV...
- TV é divertido...
- Claro, todavia não se pode esquecer da praça...Porém, tenho uma novidade, e quero o seu Parabéns!
- O que aconteceu, Rospo?
- Hoje é o meu primeiro dia de vida, e devemos comemorar...
- Rospo! Que coisa mais maluca é essa? Primeiro dia de vida? Você já viveu o bastante...
- Lembre-se, Sapabela, ninguém viveu o bastante, e ninguém viveu o suficiente...
- Tem razão, por mais que se viva, a vida é sempre curta...
- Sapabela, tudo na vida é importante. O bolo de cenoura que alguém faz, e sonhos rabiscados num papel adentro...A bailarina em seus primeiros passos,  o sapinho apertando um lápis de cor, você dar um tempo para as estrelas à noite, olhar um jardim e lembrar que existe regador...
- "Esse é  o Rospo que eu gosto!". Mas, que história é essa de primeiro dia?
- Ora, Sapa. Decreto a cada manhã o meu primeiro dia: renascer a cada novo alvorecer, saber que em cada alvorada você está vivendo o seu primeiro dia só pode ser motivo de comemoração...
- Mas, primeiro dia pode ser sinônimo de atitudes...
- Diariamente visito os porões da mente, faço a tal faxina, retiro os resíduos, e vou à luta.
- Está certo, vamos comemorar. Mas o primeiro dia também pode ser o último.
- Por isso que cada amanhecer  é importante demais e não pode ser desperdiçado...
- E como vamos comemorar, Rospo?...
- A sua presença, o seu sorriso e a sua conversa já formam o trio da comemoração.
- Então, vamos procurar uma sorveteria?
- Vamos! 
- Esse seu primeiro dia merece um sorvete. 
- Sapabela, a felicidade é tão simples, e tão fácil de ser encontrada, não entendo por que erguem tantos labirintos.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 -229
Marciano Vasques

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