- Olá!
- Olá, Sapabela!
- Hoje ainda não cometi um engano, Rospo.
- Mas a conversa ainda nem começou, Sapabela.
- Não seja cruel, meu amigo.
Os dois gargalham.
- Gosta de histórias de Assombrações?
- Adoro. Passei a infância lendo os contos de arrepiar.
- Tem medo de fantasmas?
- Não, mas eles me divertem. História de mistérios é um bom passatempo.
Depois de uma boa conversa os dois se despedem.
Rospo está na praça lendo um livro quando chega uma Sapa pálida e aflita.
- Sabe onde fica o cemítério?
- Um pouco mais adiante.
- Obrigado. É que eu sou nova lá e perdi o caminho de volta. Tchau, obrigado.
- Ei, Sapa, deixou cair o seu lenço!
No exato momento, reaparece a Sapabela.
- Falando sozinho, Rospo?
- Não viu aquela sapa?
- Não havia ninguém com você, Rospo...
- Veja este lenço. Espere! Tem algo escrito.
- Leia, Rospo.
- " A assombração que você deve temer não vem do além, mas da maldade dos vivos. Cuidado com a maldade que nasce no coração, ela pode assustar de verdade!"
- Viu, Sapabela? É da Sapa que estava aqui.
- E para aonde ela foi?
- Para o cemitério.
- Bela imaginação a sua, Rospo. Mas, é melhor guardar o lenço, pois a sua mensagem é de fato especial.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 231
Marciano Vasques
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