- Aonde vai, minha bela? - perguntou a árvore, para a Sapabela, que distraída, colhia outonos.
- Vou por aí - respondeu gentilmente a Sapa.
- Aonde vai , minha bela? - perguntou o riachinho. oferecendo aos olhos da belinha, a doce água de poesia.
- Vou por aí - respondeu a jovem, que prosseguiu sua festança dos passos e decidiu caminhar sem rumos só para sentir o sabor.
- Aonde vai, minha bela? - perguntou o vento, num beijo de colibri.
- Vou por aí - respondeu a linda, com o coração à flor do pensamento, ofertando cada palavra como um insondável tesouro.
- Aonde vai, minha jovem? - perguntou o pirilampo com sua luz latejante.
- Vou por aí - respondeu a princesinha do brejo, com seu coração brejeiro desabrochando a cada pulsar.
E continuou a sua trajetória quando encontrou o velho amigo:
- Rospo! Que saudades!
- Pensei tanto em você, Sapabela...
- Eu sei.
- Sabe?
- Percebi no caminho, meu amigo, percebi.
- Há?
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 283
Marciano Vasques
QUE LINDO, ESSA SAPINHA É UMA MOÇA MUITO FELIZ, COLHENDO OUTONOS... AMEI, BEIJINHOS MEUS QUERIDOS AMIGOS. TERE.
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