sábado, 6 de novembro de 2010

O ABSTRATO

Ao ver o sapinho com os olhos latejando de brilho diante do pudim, Rospo abriu a palavra.
- Sapabela, estive pensando na ideia do abstrato.
- Abstrato?
- Substantivo abstrato. Veja só: são os sentimentos que não podem ser representados, pois não existem por si só. Dependem de um ser para existir., como a saudade, o amor...
- Se depender de mim o amor vai existir até transbordar...
- Disso eu tenho certeza...
- Fale mais.
- É por ser diferente para cada um que o amor não pode ser representado, pois todos sentem de uma forma específica, muito particular.
Mas, penso que não é bem assim, Sapabela...
- Rospo? Vai querer discutir com a gramática? Ela é uma senhora, uma dama. E com uma dama não se discute, ainda mais quando ela é de ferro.
- Ora, Sapabela, não quero contrariar nenhuma dama, mas veja o caso da felicidade...
- Sim?
- Ela pode ser representada por um pudim...
- Até concordo, meu amigo, mas pode ser representada para aquele sapinho.
- Verdade, como o gibi do Lee Falk que embalou a minha infância...
- Então, a partir disso que é abstrato... Pois pode ter milhões de representações... Eu não li esses gibis, mas para você isso sempre será a felicidade...
- O que é para você a felicidade, Sapabela?
- A nossa amizade.
- Tem razão. Existe coisa mais concreta em nossas vidas, Sapa?
- ?

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 334

Marciano Vasques

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Um comentário:

  1. Bom dia!
    Tem uma surpresinha linda no meu blog para você!
    Espero que goste!!!
    E que faça uso do selo – o post em seu blog!


    ♥´¯`*•.¸¸♥ Grande bjo,
    um ótimo final de semana!
    Fica com DEUS...

    ♥_________Mih_ ઇઉ

    http://descalcapoesias.blogspot.com/
    http://trevisanimichelle.blogspot.com/

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