sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ROSPINHO E A POESIA

Quando Rospo era um Rospinho...
- Rospinho! Quero que me diga cinco coisas que não têm preço, que não podem ser vendidas...
- Cinco coisas?
- Sim.
- Fácil. Primeiro, o amor; segundo, a amizade; terceiro, a saudade; quarto; a sabedoria...
- E a quinta?
- A poesia.
- Ora, Rospinho. Você errou.
- Por que, professora?
- A poesia pode sim ser vendida. Aqui está um livro de poesia. Veja! Ela é uma mercadoria como as outras, diferente, claro, mas pode ser vendida.
- Professora, a senhora está boiando.
- Posso saber por que?
- O livro é um objeto que transporta e guarda a poesia, mas ela em si não pode ser vendida. Ela está na alma. Está no coração, e o que brota no coração não tem preço...
- Mas a poesia pode ser transformada em produto visual. O universo digital consegue tudo...
- Não importa. Poesia é a essência de si, e tal coisa não se vende.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 332

Marciano Vasques

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Um comentário:

  1. Passei e gostei do que vi. Vou passar mais vezes. Continuação do bom trabalho.

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