quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SAPABELA E O ESCRITOR

- Rospo, você é o meu escritor favorito.
- Sei disso, Sapabela.
- Convencido! Mas, preciso falar algo...
- Quando uma sapa precisa falar algo, o mundo que fique atento...
- Posso falar?
- Jamais peça permissão para isso...
- Mas temos sempre que esperar o momento certo...
- O momento é agora...
- Você só escreve poesia, contos de reflexão, histórias de amor...
- Reparei isso...
- Acontece que precisa atingir ao público contemporâneo... Principalmente o jovem.
- Sim?
- Deve escrever intrigas, histórias policiais, de suspense, de aventuras, numa linguagem rápida, de muita ação, e preferencialmente, com algum sangue, pelo menos um morto. Você precisa acompanhar o ritmo, meu amigo.
- Entendo.
- Tem que escrever histórias pensando  que elas deverão se tornar séries de televisão, coisa assim...
 Pense também em jogos eletrônicos, cinema, em todas as mídias. O escritor hoje, ao escrever, não pode pensar apenas no livro. Ele precisa ter "todas as mídias" na cabeça... Tem que estar "antenado". A cabeça tem que ser polivalente, múltipla...
- Meu coração também?
- Entendo como se sente, mas precisa evoluir...
- Talvez tenhamos ideias distintas do que seja evoluir.
- Talvez, mas o tempo que passa é o que você vive...
- Uma coisa eu sei...
- Diga.
- Todo sapo escritor deveria encontrar uma "Sapabela".
- Como você encontrou a sua?

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 343

Marciano Vasques
Veja também em CIANO

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