sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CHOVE, CHUVA

Rospo lê o livro "O outro lado de mim", um livro de memórias escrito pelo Sidney Sheldon quando o telefone toca:
— Rospo!
— Sapabela!
— Só liguei para dizer que está chovendo...
— Eu sei, Sapabela. Ouço as gotas no telhado...
— É uma chuva leve... A chuva renova a vida.
— Sim, a chuva, a garoa, o chuvisco, o temporal... É uma renovação da vida...
— Sinto que as pequenas plantas se vergam, mas ficam felizes quando a chuva é leve... Amo a chuva...
— Eu também, Sapabela... Outro dia estive a pensar: tem os desabrigados, mas a culpa não é da chuva, é do próprio sapo...
— Correto. A chuva me faz tão feliz que vou pôr aquele vestido amarelo...
— Aquele tão longo...
— Longo?
— Que mais vai fazer?
— Vou abrir uma malzbier, vou pôr uma música, vou dançar, vou, depois, ver um bom filme ou ler um livro...
— Sapabela, e se aparecesse em sua porta um sapo de guarda-chuva, com um pacote de pipoca, ou uns pastéis assados ou...
— E com uma boa conversa, não é, Rospo?
— A chuva é pura inspiração.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 422
Marciano Vasques

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