O CORVO E A RAPOSA
Num galho alto de uma frondosa árvore estava um corvo com uma apetitosa jabuticaba no bico quando chegou uma raposa, que ao ver o agradável petisco, imediatamente começou a pensar num plano para se apoderar da iguaria.
— "Vou encontrar um jeito de tomar essa jabuticaba desse corvo idiota".
A ardilosa raposa teve uma ideia: começou a elogiar a ave.
— Corvo, fiquei sabendo que você é o maior cantor da floresta.
O corvo ouviu com atenção, mas nem levou a sério.
— Contaram-me que a sua voz é excelente. Que quando canta emociona todos os pássaros. Que na redondeza não tem outro para cantar assim...
O corvo já não cabia em si de tanto contentamento. E a raposa continuava:
— Disseram-me que a sua voz é encantadora. Por todos os lugares em que passei, ouvi comentários sobre tão formosa voz.
— Disseram-me que a sua voz é encantadora. Por todos os lugares em que passei, ouvi comentários sobre tão formosa voz.
E os elogios prosseguiram. O corvo estava inchando de tanta vaidade. Jamais havia pensado que de fato cantasse tão bem.
Finalmente a raposa deu o golpe fatal.
— Gostaria tanto de apreciar esse talento natural. Se pudesse me cantar só um tiquinho, só um pequeno trecho de qualquer canção... Certamente eu seria a mais feliz raposa da floresta.
O corvo não resistiu. Diante de tantos elogios e de um pedido aparentemente tão sincero decidiu cantar. Abriu o bico e a jabuticaba caiu diretamente na boca da raposa, que se mandou feliz da vida.
Que história encantada, vou contar par minha sobrinha, tenho verdadeira facinação por esse pássaro,veja só, ainda ontem estava lendo um poema de Edgar Allan Poe,"O Corvo" e a sincronicidade, não é?
ResponderExcluirLuz dos Anjos
Ana