— Minhas roupas não combinam mesmo, Rospo, e sou bagunceira, adoro não saber guardar as coisas, e depois, quando procuro, não encontro, e para me acalmar, danço, vivo a bailar nos cômodos da minha casa. Se não posso dançar, então ouço música... Às vezes, olho pela vidraça e fico em dúvidas se me tornei mesmo Sapa grande, pois quero rolar na grama com os sapinhos...
— Tudo o que mais aprecio em você, Sapabela, são as suas atrapalhadas, e as suas roupas, sempre com cores vibrantes, e nada se compara aos seus vestidinhos...
— Faz tempo que nem falava neles...
— Mas sempre penso neles, principalmente agora na primavera...
— Mas estamos no outono!
— É mesmo! E continuo com uma curiosidade...
— Qual, Rospo?
— Por que certas flores são chegam no outono?
— Enquanto existir essa pergunta, Rospo, alguma coisa maravilhosa flutua no ar...
— Sapabela, você é linda.
— Isso eu já sei faz tempo, mas agora tem um sabor especial...
— Sapor?
— É, pode ser.
— E então?
— O sabor especial é justamente ouvir um timbre amigo dizer isso...
— Sapabela, vamos tomar um sorvete?
— Vamos! Viva o Sábado!
— Mas hoje não é sábado, é terça.
— É mesmo! Uma terça de outono, lembra?
— Então, viva o sorvete!
— Viva mais, Rospo. Viva o convite!
HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 482
Marciano Vasques
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Flores no Outono...
ResponderExcluirMaravilha que flutua no ar...
Luz dos Anjos nesta Noite..
ana
;D, linda conversa que resolvi ler..
ResponderExcluirhummm, me deu uma vontade te tomar sorvete!