terça-feira, 1 de março de 2011

ENCONTRO DE AMIGOS

— Voltei!
— Rospo! Por onde tem andado? Não o vejo alguns dias... Você sumiu!
— Sapabela. Estive por aí...E o carnaval? Já chegou ao brejo?
— Não sei. Ainda não liguei a Televisão...
— Gostei do seu espírito irônico... E gostei também do seu vestidinho...
— "Estava demorando!"...
— Será que o carnaval acabou?
— Claro que não! Ou melhor, já acabou sim...
— Sabe, Rospo. Não devemos ter esse olhar assim tão negativo. Muitos sapos e sapas irão desfilar e sambar na Avenida... Isso é uma coisa boa...
— Tem razão. O "povo do brejo" sambando na avenida, e o carnaval "passando"...
— Vamos a um sorvete?
— Vamos! Sorvete tem um dom...
— Qual?
— Acalma as ironias...
— Mas a ironia não nasce por si, ela não surge do vão, do nada... Ela tem um histórico, uma origem...
— É?
— Sim, ela nasce nas coisas que são, que estão...
— E nas que passam...
— Sapo, por favor! Dois sorvetes...


HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 457


Marciano Vasques
Leia também CIANO






HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 457
Marciano Vasques

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar neste blog