segunda-feira, 7 de março de 2011

SAPABELA E OS SAPINHOS

— Rospo, minha amiga está triste porque queria descansar no carnaval...
— Que carnaval?
— É o modo de dizer, mas... Você disse que ela não pode descansar ...
— Trabalha numa maternidade. É obstetra... Teve que fazer hora extra... E trabalhar no feriado...
— O que está acontecendo, Sapabela?...
— Ela está impressionada...
— Diga.
— Tem uma cota mensal para vasectomias e para laqueaduras e essa cota é totalmente preenchida...
— Sim?
— E mesmo assim, diariamente nasce uma média de 14 a 18 sapinhos no hospital em que ela trabalha...
— Sinal de que os sapos e as sapas estão se amando cada vez mais...
 Viva o acasalamento!
— Rospo! Que euforia boba!
— Desculpe, é que me empolguei...
— É muita responsabilidade pôr um sapinho no mundo hoje...
— Compreendo. Tanto o sapo quanto a sapa deveriam pensar muito. O ideal é se acasalar ao máximo, porém evitar tantos partos, não é?
— Rospo, nada sei desse assunto. Apenas disse que minha amiga...
— Eu sei, Sapabela, mas, veja você...
— O que tem eu?
— Quando você quiser pôr um sapinho no mundo...
— Ainda vai demorar muito...
— Eu sei. É apenas um exemplo. Ao trazer à luz um sapinho é preciso preparar o ninho com amor e segurança...
— Concordo com isso...
— Assim o Rospinho crescerá feliz.
— Quem?

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 467
Marciano Vasques
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