quinta-feira, 21 de abril de 2011

DANÚBIO AZUL

Rospo e Sapabela vão ao Teatro Municipal para ouvir o "Danúbio Azul".
— Amigo, essa valsa de Strauss combina com a noite de Outono...
— Combina com todas as noites.
— Você está elegante, Rospo!
— Obrigado, Sapabela. Faz tempo que eu não vinha ao Teatro Municipal...
 — No tempo do CD eu ouvia sempre o "Danúbio Azul"...
—  Mas pode ouvir no YouTube.
— Certamente. Como esse teatro é bonito!
— Você também está elegante. Quer dizer, você está bonita, está mais bonita... E esse vestidinho combina com o Danúbio Azul...
— É a Danúbio Azul...
— Tem razão, é uma canção, uma sinfonia, uma valsa...
— Vamos entrar?
— Vamos, a escada está nos esperando...
 Sapabela, uma noite de Outono com Danúbio Azul não será uma noite como outra qualquer...
— Rospo, nenhuma noite será uma noite qualquer... Não existem noites quaisquer... Todas as noites são especiais, pois todas são únicas. As noites estão esperando por nós... Elas precisam de nós...
— As noites precisam de nós?
— Sim, mas só quem percebeu isso saberá e poderá ver outras estrelas... Pois a noite é feita por essas estrelas, as que não estão no firmamento...
— Sapabela, a valsa vai começar.
— Rospo, que momento!
— Sapabela... Feche os olhos. É música para ver.
— Para onde vamos não sei, mas que esse navio me leve...
— Esse navio é o tempo, minha querida...

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 540
Marciano Vasques
Leia CIANO

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