sexta-feira, 22 de abril de 2011

GAROTA DA CAPA NA NOITE DE OUTONO

Sapabela, alô!
Alô, Rospo. Que alegria!
Liguei para dizer que já é noite.
Já é noite de Outono, eu sei. E você, como vai?
Vou bem, hoje comecei a ler um novo livro, e agora estou pensando em ir ao cinema.
A Garota da Capa Vermelha?
Não sei, não havia pensado. Mas a Julie Christie faz a avó da menina...
Rospo! Vamos?
Pronto. Já estou pronto. Onde nos encontraremos?
Na primeira calçada, na banca de revistas...
Bom local. Estarei lá, num instante.
Então vá olhando as revistas, pois preciso me aprontar.
Tomarei um sorvete.
Sozinho?
É brincadeira.
Vou pôr um vestidinho vermelho...Pra combinar.
Por favor, sem capa e sem chapeuzinho. Só o vestidinho. Bem discreto. Nunca se sabe, não é?
Está bem, Rospo, até logo mais.
Cheguei!
Sapabela! Você está linda! Está pensando em entrar no filme?
Rospo, não me faça rir, ou melhor, faça. Vamos?
Vamos, que a noite está mais outono do que antes... Olhe, sinta, aspire...
Rospo, esse momento, essa noite, tudo isso está passando, e eu às vezes tenho receio, um calafrio...
Eu sei, Sapabela. Esqueça da imensidão, esqueça até do universo... Vamos ao cinema, apenas. Vamos, que a Garota da Capa Vermelha não pode esperar...
Está bem, Rospo, a noite quer ser distraída, quer leveza, quer cinema. Vamos.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 543
Marciano Vasques
Leia CIANO

2 comentários:

  1. A garota da capa Vermelha gira...um calafrio
    Vê, sente, aspira seus sonhos no universo...Na leveza distraída da noite de Outono.
    luz
    Ana
    (Fiquei a imaginar o a poesia ou o conto que será capaz de fazer com este lindo Titulo)

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  2. Buenos días:

    Sapabella es bella, con capa vermelha, o sin capa.

    Linda fotografía.

    Un abrazo, Montserrat.

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