— Você pensa que tudo o que um sapo tentar ele consegue?
— Tudo, Sapabela, tudo...
— Engano seu, Rospo!
— Que ar maroto de felicidade é esse, Sapabela?
— Você se enganou...
— Devo ter me enganado, tudo bem, mas diga-me, Sapabela. Que coisa deve o sapo tentar que não adiantam as tentativas? Ora, pois que um sapo, acredite, consegue tudo o que quer, basta tentar, e tentar várias vezes, ser mais persistente que o soldadinho de chumbo...
— Viva Andersen!
— Viva! Mas, diga, Sapabela: o que não adianta tentar?...
— O Sapo tirar da cabeça o que nasce no coração... Não tem jeito... Milhões de tentativas serão inúteis, pois o que está no coração não pode ser retirado da cabeça... Falando nisso, sapo também sofre por amor?
— Ora, Sapabela, só o sapo é capaz de romper reinos e desbravar tempestades por um fio de cabelo da sapa amada...
— Isolda!
— O que disse?
— Nada, mas tem razão, o sapo quando ama e perde o seu amor, sofre muito...
— Nem imagina o tamanho dessa dor, Sapabela.
— Rospo, mas, então, me diga: confessa que se enganou? Confessa que tem algo que não adianta tentar?
— Tem razão, Sapabela, não se expulsa da cabeça aquilo que está no coração...
HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 508
Marciano Vasques
Leia CIANO
Que lindo, Marciano.
ResponderExcluirEu gosto muito desses dois.:)
Me divirto muito, e também me emociono com suas estórias.
Um beijo.
Boa noite!
ResponderExcluirPassando para uma visita!
uito interessante!
Carla Fernanda