quarta-feira, 8 de junho de 2011

NAMORADOS!



NAMORADOS!

Alguns namoros duram décadas. Principalmente nos quadrinhos. Que o diga o “Espírito que anda”. Por causa de sua timidez e outros fatores, enrolou a sua Diana Palmer durante um bom tempo. A moça, que trabalha na ONU, conheceu o Sr. Walker ainda na adolescência, na universidade.

No cinema muitos namoros, e na literatura, outros tantos. Mas, na vida real... Sim! A vida real ainda existe...
Num tempo em que as meninas da extrema periferia de São Paulo acabam de trocar o verbo “ficar” por “rolo”. (Eu tive um rolo, estou tendo um rolo com tal menino), e na vida virtual, nas redes sociais, o imperativo do curtir se faz, não resta dúvidas, o namoro existe sim, e está lá na vida real, distante da suposta ilusão das redes sociais. Diz uma canção, “o baile é bom mas bom também é namorar”.
Doces tantas canções falam da namorada. Letras que jamais se vão. Onde estão os namorados? Se não são mais vistos nas praças, nas calçadas, nos bares, nos bailes, acreditem, a cidade está doente.
Um dos sintomas de que vivemos numa sociedade não tão mentalmente saudável é a ausência dos namorados. E isso podemos os que têm vozes de luar afirmar: Sem namorados, melhor que a cidade trate de se proteger.
O namoro é andar de mãos dadas. Isso é um sinal, um alô para a plateia: estamos namorando. Namoro é acima de tudo zelo, cuidado, atenção, só preciosidades. Pena, diríamos, que os namorados percam tanto tempo com ciúmes e indelicadezas, com tropeços, mágoas, e às vezes desmagoar fica difícil, requer despojamento, principalmente do orgulho. Não é fácil confessar que queremos o outro em nossos braços. E às vezes por causa de uma teimosia que beira à burrice, ficamos a ver navios no porto da solidão. E então é difícil se desfazer da má água.
Está cheio de gente que não namora. Gente de 17 ou de 70 anos.
Se o namoro triunfasse, tal como a poesia deveria, em nossa sociedade, certamente menos perversidade estaríamos vendo, principalmente na internet, se me entendem.
Namoro, querer o outro, estar com o outro. Ora, até a Língua nos namora. Perguntem ao Mia Couto, um escritor português. Pois é: esse aconchego da Língua em nossa alma, esse dizer “Somos um povo que tem uma voz que diz assim'. Isso é um namoro inquebrantável.
Filha minha não estuda para não crescer e escrever bilhetes para namorado”. Sim, passamos pela ignorância coronel, a pior de todas, a mais terrível.
Que a menina seja feliz, que o namoro triunfe. Assim há de ser quando uma nova geração florir, após o vendaval, tendo como venda um véu transparente, uma geração que há de renovar o mundo, pois é assim que acontece.
Os que jamais namoraram são certamente pessoas altamente infelizes e não conseguirão se desvencilhar do mal humor com facilidade. O remédio? O tratamento? Abrir o coração para o namoro, que ele ronda os caminhos, vai de gentileza em gentileza, de atenção em atenção...



MARCIANO VASQUES

Um comentário:

  1. hola Marciano:

    Aquí en España.
    También la juventud utiliza mucho la palabra 2enorrollarse", a mi no me gusta nada.
    No se quizás soy de otro época.
    Para mi el amor er o enamoramiento era y es otra cosa.
    ahora se faltan el respeto, y dicen que están enamorados.
    Pienso que el amor .es apoyarse, es respetarse.
    Yo que soy de la época de Gigiola Cinquetti, bueno 2 o 3 años más joven, pero al fin y al cabo de la misma época.
    Sus canciones si que me emocionaban y hablaban de amor.En fin soy de otra época que le vamos a hacer.

    Beijos, Montserrat

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