terça-feira, 14 de junho de 2011

O SAPO NA REDE

— Rospo, faz um bom tempo que não o vejo por aqui, ao ar livre, à beira do lago, passeando na praça, você está sumido... Por onde anda?
— Não ando, estou parado. Quer dizer, estou andando, mas sem sair do lugar, ou melhor, saio, viajo para longe...
— Deve ser uma viagem fascinante, pois, como eu disse, não o vejo mais... Está escondido dentro de casa? Pois fora de casa não o vejo, nem fazendo piquenique no telhado... Será que entrou na moderna rede de espionagem pessoal?
— Acertou, Sapabela. Entrei sim, no Facebook. Estou fascinado...
— Qual a sua motivação para o Facebook?
— Divulgar a minha arte, a minha literatura, a minha carreira literária, e encontrar sapos que também estejam envolvidos com a literatura, sapos escritores, poetas, editores, jornalistas...
— Muitos sapos estão no Facebook para levar flechada no coração... Muitos querem encontrar um namoro, um amor, um relacionamento amoroso...
— Cada um procura o que mais é interessante para si, Sapabela. Uns querem encontrar uma parceria no amor, outros querem uma parceria literária, cada qual vai em busca do seu futuro, eu estou na minha. Cada novo poeta, cada novo sapo escritor, é um presente, um achado, um tesouro... E claro que não descarto a possibilidade de que possam surgir, nascer, florescer novas amizades... O Facebook é também um espaço para novas amizades...
— Sei que você faz muitas coisas ao mesmo tempo. Tem receio de AVC?
— Claro que não! A vida é mesmo para mim uma AVC, uma Aventura Curiosa...
— Rospo, quero ser sua amiga no Facebook também...
— Ora, Sapabela... Você é minha amiga com ou sem Facebook...
— O que o levou exatamente a entrar na rede?
— A descoberta de que precisamos estar dentro, pois somos os que têm a força da expressão poética no coração... Não é justo que ficássemos de fora...
— E aquela questão de ter cinco mil amigos?
— É simples. O conceito de amigo mudou na rede, entende? Então, não tem problema. É só você conviver com o novo conceito e compreender que você pode estar na rede com seus objetivos de encontrar poetas e escritores e alavancar a sua carreira literária e assim por diante...
— Mas e o seu blog?
— O meu blog é um espaço para a reflexão, é algo mais profundo... É só nele que encontro a profundeza que eu quero... e necessito...Por isso estou nele diariamente... O blog é a minha casa...
— Rospo, falou, ou melhor, pincelou sobre o novo conceito de amigo que está desabrochando na rede... E o conceito antigo, o tradicional?
— Está aqui, agora, nesta calçada, nesse meu novo convite!
— Que convite?
— O sorvete, ora! E quero falar do novo livro que comprei...
— Que maravilha! Vamos!
— E também quero falar de um velho amigo que encontrei...
— Quem?
— O Escobar, um poeta...
— Vamos sim, Rospo, vamos ao sorvete...
— Não tem rede que resista a isso...


HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 611
Marciano Vasques
Leia CIANO
Leia PALAVRA FIANDEIRA
acessa.me/palavra_fiandeira

2 comentários:

  1. Ah! amigo, estava com saudade de te ler, estou voltando. Quanto a mim, sou sua amiga com ou sem Facebook
    Luz
    Ana

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  2. Gostou da joaninha que eu mandei? E agora, chegou uma cigarra...
    Estava com saudades...

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