terça-feira, 7 de junho de 2011

RODOPIANDO NA VALSA DO VENTO

— Sapabela! Tomei conhecimento de que agora tem uma biblioteca infantil numa escola com o seu nome. BIBLIOTECA SAPABELA. Que maravilha!
— Rospo, também estou feliz. O carinho daquelas crianças. Os olhos dos sapinhos e das sapinhas brilharam...
— Mas é uma biblioteca escolar com o seu nome, Sapabela!
— Se eu pudesse, abraçava todos eles de uma só vez, ao mesmo tempo. O brilho nos olhos puros de uma criança ilumina o meu viver... Faz o meu dia ser de algodão doce e de carrossel...
— Sapabela. Incrível! Foi uma festa e tanto! Não pude ir, mas já me contaram. A Colibrã esteve lá. A comunidade cantando, comemorando... Os alunos apresentando danças. Que bonito, Sapabela! Ter uma biblioteca com o seu nome! Mas tem algo que me impressiona...
— Diga, meu rei.
— Gostei da sua imitação de baiana. Mas, veja só. Você teve tem uma biblioteca infantil numa escola, batizada com o seu nome, teve uma festa de arrasar! Até autoridades compareceram...
— Espere aí, Rospo! Autoridades para mim são aqueles sorrisos e aqueles olhares das crianças... E no dia em que todas as crianças puderem gargalhar e rir sem temores e esse riso formar um lindo rio de águas cristalinas e brilhantes sobre as cordilheiras e os vales... O mundo será melhor...
— Sim, Sapabela. Mas o que me impressionou foi saber de tudo isso, dessa radiante homenagem, e hoje encontrar você e ver que é a mesma sapa, em nada mudou, não se tornou exibida nem exibicionista. Continua igual, simples e amável... Isso me emociona, mesmo...
— Rospo, sou uma Sapabela, lembra?
— Tem sapo que lança um livro apenas e já se julga no direito de ser até arrogante, ou seja, uma estrela exigente... Mas você, não, você é a mesma... Por isso a sua amizade é para mim uma raridade, um tesouro... E também fiquei sabendo que lá na calçada da PUC, um grupo de jovens sapos estava conversando sobre você, falando sobre o significado de ser Sapabela. Aliás, eu passei por lá e ao ouvir o seu nome, quis entrar na conversa.... Falei que adoro os seus vestidinhos...
— Claro, claro...
— Adoro a sua inteligência, a sua vivacidade... Ou seja, foi uma participação relâmpago minha, mas tenho certeza de que a conversa se prolongou tarde adentro.
— Rospo, tudo isso me deixa feliz, e até emocionada, mas continuo sim a mesma Sapabela, com vontade de rodopiar na valsa do vento e espalhar o meu coração por aí... Nas roseiras caseiras e nos jardins do brejo...
—Sapabela, o dia dos namorados está chegando...
— Eu sei, Rospo, e quem não tiver um namorado deve presentear um amigo....
— Viva!
— O que foi, Rospo?
— Vou ganhar um presente!


HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 604
Marciano Vasques
Leia CIANO
Leia PALAVRA FIANDEIRA
acessa.me/palavra_fiandeira

Um comentário:

  1. Viva a Sapabela! Seu brilho encanta a todos, quanto a mim, ela vive na minha mente e no meu coração...me sinto criança quando venho aqui.
    parabéns! Luz
    Ana

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