sábado, 23 de julho de 2011

AS JOIAS INVISÍVEIS

AS JOIAS INVISÍVEIS
Rospo e Sapabela conversam quando passa por eles uma sapa repleta de joias caras. Brincos, anéis, colares, broches  e pulseiras.
— É tudo tão brilhante, tão colorido e tão valioso! Essa sapa está muito enfeitada.
— É bonito realmente,  e eu gosto de ver, Sapabela. Afinal são as joias visíveis, aquelas que têm preço no mercado.
—Joias visíveis? Por acaso existem joias invisíveis?
— São as que não podem ser penduradas no pescoço. Elas não têm preço.
— Então são muito valiosas.
— Um poema que você leu e guardou consigo, uma história que contou para um sapinho, um abraço, um beijo, um olhar amoroso, um sorriso...um aperto de mão sincero, uma conversa, uma canção de ninar, um gesto de amor...
— Rospo, não sabia que tinha tantas joias dentro de mim.
—Eu sempre soube.
— Consegue ver as joias invisíveis?
—Todos conseguem. Quando o olhar estiver embaçado pela rotina, é só limpá-lo no riacho da poesia.


ANTIGAS DO ROSPO — 2
Marciano Vasques

3 comentários:

  1. As mais valiosas, as joias invisíveis. Muitos adultos deviam ler as histórias do Rospo e da Sapabela, talvez o mundo se tornásse num lugar encantado.

    Um abraço
    oa.s

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  2. Que coisa bonita você escreveu! Posso compartilhar no facebook? E também gostaria de pôr em destaque em CASA AZUL DA LITERATURA.
    Um abraço do amigo, Marciano Vasques

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  3. "Quando o olhar ...È só limpá-lo no racho da poesia"
    Concordo com oa.s
    Um maravilhos mundo encantado!
    Luz
    Ana

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