A ALEGRIA DE SER SAPABELA

—Sapabela! Que linda! O seu vestidinho!... Parece um canto à felicidade.

—E é, e tem as cores que eu gosto. Lilás, roxo, fiapos de rosa: são cores que eu amo, Rospo! Que me entram pelos sentidos. E meu vestidinho faz parte da minha festa.

—Que festa, Sapabela?

—A festa de viver, a festa de "ser"... E você já sabe, minhas roupas não combinam... Adoro ser assim: não combinar. Gosto de correr, Rospo! Se pudesse, já disse, rolaria na grama com as crianças. Sou feliz, sem contradições ou com contradições.

—Sapabela, você está errada... quando diz que suas roupas não combinam....

—Viva! Errei novamente!

—Maluqinha! Por isso que eu amo essa amizade.

—Mas diga onde errei, Rospo!

—Ao dizer que suas roupas não combinam. Elas combinam sim, e muito. Combinam com a alegria, com a espontaneidade, com o riso, a autenticidade, com as cores da vida, com a franqueza na alegria de viver. Você é como se fosse um porto no qual a alegria pousou...

—Isso, Rospo! E viva a elegância de "Ser". É ela quem manda. Viva o sorriso, a espontaneidade dos sapinhos e das sapinhas. Viva o que em mim passa...

—Uma caravana de alegrias, cores e quereres. Sapabela, sei que você até inspira algumas de suas amigas. Deve ser bom ser um fonte inspiradora, não é?

—Não sei se inspiro ou não, mas uma coisa eu garanto. Nada melhor para mim do que ser Sapabela.

—E claro que eu vou na sua.

—Sentir-se Sapabela?

—Não! Sentir a alegria de ser Rospo.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 — 669

Marciano Vasques