RETRATOS
AUSENTES
Cantadas,
Homens
magoados,
Outros
feridos,
Prantos
nas docas,
Nos
diques
Nos
becos, nos bares...
Sofrendo
por suas mulheres.
Gritando
paixões, num charco
De
tantos perdões.
Mastigando
suas dores.
Histórias
perdidas
Cerveja
e bilhar.
Balcões,
Oficinas
Mormaços,
Neblinas.
Fiapos
de sonhos
Em
meninas...
Um
rosto de porcelana
Não
diz nada além...
Homens,
mulheres,
Decepando
o dorso da serra,
Erguendo
a vida
Na
fuligem,
Na
friagem das suas crianças.
Uma,
de amarelinha,
Outra
come terra.
Quermesses,
a graxa, o copo de vinho,
Arruaça,
a fumaça enlaçando vidas
Nas
margens das várzeas.
As
lavadeiras que esperam seus homens
E
num desbotado anil
Torcem
cores e fazem varais.
E
sonham vagares e tingem os cabelos
Cerzindo
páginas e dores
E
almas
Amedrontadas
e rasgadas
Na
ausência
Do
afeto.
MARCIANO
VASQUES
Interessante, pensava justamente no quanto as pessoas sofrem por amor, ou em busca de...
ResponderExcluirVenho aqui ao acaso e me deparo com suas palavras tão bem colocadas.
Abraços
"Cerzindo páginas e dores"
ResponderExcluirUm desbotado anil de vidas e poesia...Lindo!
Luz!
Ana
Me surpreendo com sua poesia, as suas palavras nos levam aos locais que descreve e nos sensibilizam.
ResponderExcluirAbraço
oa.s