sábado, 15 de outubro de 2011

IDIOMA MAIS DOCE QUE DOCE DE ABÓBORA

IDIOMA MAIS DOCE QUE DOCE DE ABÓBORA

Eu sempre apreciei inventar palavras,
E até digo que nunca tive educação,
Pois jamais pedi licença ao idioma
Para inventar uma palavra nova.
Estou me alembrando
Que estava num alambrado
Lá nas pontas da minha várzea
E ameaçava uma chuva da boa.
Êta, que alegria!
Já havia uns relâmpagos azuis — que tá louco!
E toca correr menino, Corre Cotia!
E zarpávamos varanda que parecíamos vultos,
E varanda era obrigatório, por causa das conversas
E das histórias, mas isso é outra história,
Que aqui só quero dizer
Que adorava inventar palavras
E nunca pedi licença,
Até que descobri
Que o idioma se faz e refaz
A cada amanhecer
A cada conversa
A cada alumiar
Que seja de lampião,
Ou de luz fosforescente.
E toda vez que uma gente nova
Vem se aproximando
Já tenho garantido
Que palavra nova vai se inventando...
E o idioma?
Bobo quem pensa que se atrofia,
Pois ele vaga, flutua, voa, se espalha,
Numa incomparável alegria.

MARCIANO VASQUES

3 comentários:

  1. Hola Marciano
    Que bellas son las palabras leidas en portugués o brasileño.
    A mi me encanta leerte así tal como las escribes, sin usar el traductor, porque son más auténticas.
    Para mi son fáciles de entender.
    Bellos Poema.
    Beijos, Montserrat

    ResponderExcluir
  2. Aqui também tínhamos varadas para as conversas, hoje não se vê mais... E haja palavras.
    Luz!
    Ana

    ResponderExcluir
  3. Marciano,texto que a gente vai lendo e vai se abrindo um sorriso!...rss...lindo demais!Um feliz dia do professor,meu amigo!Bjs,

    ResponderExcluir

Pesquisar neste blog