IDIOMA MAIS DOCE QUE DOCE DE ABÓBORA
Eu sempre apreciei inventar palavras,
E até digo que nunca tive educação,
Pois jamais pedi licença ao idioma
Para inventar uma palavra nova.
Estou me alembrando
Que estava num alambrado
Lá nas pontas da minha várzea
E ameaçava uma chuva da boa.
Êta, que alegria!
Já havia uns relâmpagos azuis — que tá louco!
E toca correr menino, Corre Cotia!
E zarpávamos varanda que parecíamos vultos,
E varanda era obrigatório, por causa das conversas
E das histórias, mas isso é outra história,
Que aqui só quero dizer
Que adorava inventar palavras
E nunca pedi licença,
Até que descobri
Que o idioma se faz e refaz
A cada amanhecer
A cada conversa
A cada alumiar
Que seja de lampião,
Ou de luz fosforescente.
E toda vez que uma gente nova
Vem se aproximando
Já tenho garantido
Que palavra nova vai se inventando...
E o idioma?
Bobo quem pensa que se atrofia,
Pois ele vaga, flutua, voa, se espalha,
Numa incomparável alegria.
MARCIANO VASQUES
Eu sempre apreciei inventar palavras,
E até digo que nunca tive educação,
Pois jamais pedi licença ao idioma
Para inventar uma palavra nova.
Estou me alembrando
Que estava num alambrado
Lá nas pontas da minha várzea
E ameaçava uma chuva da boa.
Êta, que alegria!
Já havia uns relâmpagos azuis — que tá louco!
E toca correr menino, Corre Cotia!
E zarpávamos varanda que parecíamos vultos,
E varanda era obrigatório, por causa das conversas
E das histórias, mas isso é outra história,
Que aqui só quero dizer
Que adorava inventar palavras
E nunca pedi licença,
Até que descobri
Que o idioma se faz e refaz
A cada amanhecer
A cada conversa
A cada alumiar
Que seja de lampião,
Ou de luz fosforescente.
E toda vez que uma gente nova
Vem se aproximando
Já tenho garantido
Que palavra nova vai se inventando...
E o idioma?
Bobo quem pensa que se atrofia,
Pois ele vaga, flutua, voa, se espalha,
Numa incomparável alegria.
MARCIANO VASQUES
Hola Marciano
ResponderExcluirQue bellas son las palabras leidas en portugués o brasileño.
A mi me encanta leerte así tal como las escribes, sin usar el traductor, porque son más auténticas.
Para mi son fáciles de entender.
Bellos Poema.
Beijos, Montserrat
Aqui também tínhamos varadas para as conversas, hoje não se vê mais... E haja palavras.
ResponderExcluirLuz!
Ana
Marciano,texto que a gente vai lendo e vai se abrindo um sorriso!...rss...lindo demais!Um feliz dia do professor,meu amigo!Bjs,
ResponderExcluir