sábado, 21 de janeiro de 2012

MUNDO SERÁ LIA

Áfricas se cruzam aqui
Nas ruas tortas
Do bairro meu.

Plenas feridas
Almas passeiam empoeiradas.

Varais estendem dores de sobra
Num entardecer.

Chilenos  e peruanos transitam pelas calçadas
Da cidade que cresce a cada segundo.

Poesia vaza o concreto
Atiçando  os sonhos meus.

Mulheres fazendo o pão,
Ensinando a divisão
Da ausência de fartura.

Homens tristes
Vagam na fumaça
De um amanhecer
Desbotado.

Enquanto outros
Erguem
Num sonho,
A palavra
Que se faz
Ciranda.




MV

Um comentário:

Pesquisar neste blog