Áfricas se cruzam aqui
Nas ruas tortas
Plenas feridas
Almas passeiam empoeiradas.
Varais estendem dores de sobra
Num entardecer.
Chilenos e peruanos transitam pelas calçadas
Da cidade que cresce a cada segundo.
Poesia vaza o concreto
Atiçando os sonhos meus.
Mulheres fazendo o pão,
Ensinando a divisão
Da ausência de fartura.
Homens tristes
Vagam na fumaça
De um amanhecer
Desbotado.
Enquanto outros
Erguem
Num sonho,
A palavra
Que se faz
Ciranda.
MV
Se faz ciranda em Itamaracá e em versos..
ResponderExcluirLuz