Lá ia o Rospo com um vidro quando despertou a atenção da Sapabela, que por acaso passeava na Praça Azul.
—Rospo, aonde vai com esse frasco?
—Remédio, Sapabela, remédio.
—O que precisa ser remediado, meu amigo?
—O mundo, querida. Estou levando remédio para o mundo.
—Mas a dose não cabe num vidro, Rospo!
—Cabe sim.
—Posso saber de qual remédio se trata? E o que pretende medicar?
—A insensatez da violência, os desencontros, a falta de respeito para com os outros, a agressão ao meio ambiente, a corrupção, as iras, a inveja...
—Rospo, não tem remédio para isso tudo. O mundo está num abismo.
—Pois estou abismado, Sapabela. Como pode duvidar que é possível tratar do mundo?
—Quero ver esse remédio, Rospo!
—Aqui está.
—Um papel?
—Leia.
—Um poema! Pensa que assim poderá tratar do mundo?
—Um poema é apenas uma dose, bem eficaz. O mundo precisa disso.
—Tem efeito colateral?
—Tem. Vicia.
Histórias do Rospo 2012—770
Marciano Vasques
Olá,Marciano!
ResponderExcluirSuas palavras refletem sensibilidade , imaginação e muito talento! Parabéns!
Que Deus o inspire sempre mais!
Com carinho,
Angela
nospassosdejesusamor.blogspot.com
docessonhosdepapel.blogspot.com
A Poesia em dose homeopáticas, cura o corpo e alma..Maravilhoso, como sempre..
ResponderExcluirLuz
Ana
Querido amigo, sem duvida a poesia é magica e se não curar na totalidade, ajuda em muito...
ResponderExcluirUm prazer ler você.
abraço
cvb