- Sapabela, hoje quero contar uma história com gatos. Ulisses e...
- Penélope!
- Por favor, poderia ouvir a história?
- Sim, é lógico. Mas não tem sapo?
- Não, só gatos.
- Então vamos lá: pode começar:
"Alvinha e Ulisses passeiam nos telhados quando o assunto começa:
- Ulisses: hoje estou com a minha porção Alvinha.
- Que negócio é esse?
- Estou refletindo as questões mais profundas...
- Agora entendi, isso é a porção Alvinha.
- Comecei! Ulisses: por que no mundo dos humanos tem tanta gente passando fome se a Terra é tão rica e farta?
- Porque os humanos são esquisitos gatinha. Uns repartem a riqueza entre si enquanto outros nada têm.
- Mas o mundo não é para todos?
- Seria, mas a coisa não é bem assim. Uns têm e outros não. E alguns só pensam em si, vivem na ostentação sem reparar que os outros estão completamente desamparados...
- É, um humano jamais será um gato.
- Como assim, Alvinha?
- Enquanto ele é alvo de sua própria ganância, o seu coração jamais será salvo porque jamais será alvo.
- Alvo?
- Sim, cândido, puro, claro como...
- Como uma gata chamada Alvinha...
- Claro!"
Arte: Daniela Vasques
- Ulisses: hoje estou com a minha porção Alvinha.
- Que negócio é esse?
- Estou refletindo as questões mais profundas...
- Agora entendi, isso é a porção Alvinha.
- Comecei! Ulisses: por que no mundo dos humanos tem tanta gente passando fome se a Terra é tão rica e farta?
- Porque os humanos são esquisitos gatinha. Uns repartem a riqueza entre si enquanto outros nada têm.
- Mas o mundo não é para todos?
- Seria, mas a coisa não é bem assim. Uns têm e outros não. E alguns só pensam em si, vivem na ostentação sem reparar que os outros estão completamente desamparados...
- É, um humano jamais será um gato.
- Como assim, Alvinha?
- Enquanto ele é alvo de sua própria ganância, o seu coração jamais será salvo porque jamais será alvo.
- Alvo?
- Sim, cândido, puro, claro como...
- Como uma gata chamada Alvinha...
- Claro!"
- Rospo, gostei da história. Mas, se tivesse sapo seria melhor.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 158
- Felinos são interessantes, Sapabela.
- Concordo, se todos imitassem os gatos...
- O que está tentando dizer, Sapabela?
- Gatos não fazem jamais o que o dono quer.
- É verdade, mas sapos e humanos não têm dono.
- Ora, Rospo, tudo aquilo que escraviza se torna naturalmente dono do outro. E veja como tem gente escravizada pelo dinheiro.
- É... Alvinha tem uma concorrente..."- pensa o Rospo, enquanto ouve a amiga.
Marciano Vasques
Arte: Daniela Vasques
HOLA AMIGUITOS:
ResponderExcluirSi que hay gente esclavizada por el dinero.
Hay una frase que dice"No es más feliz el que más tiene, sino el que menos necesita"
¿Sabiais que tengo un gato que se llama Pipo?.
Un abrazo, Montserrat
Olá, Marciano.
ResponderExcluirEsta é uma história que emociona a qualquer sobrevivente. Quem me dera ser gatinha...
Como diz Montserrat, me sinto feliz quando acho que não necessito de alguma coisa.
Um beijo muito grande,
Joice Worm
Montserrat,
ResponderExcluirRospo aprecia muito o estilo dos gatos. Pipo é um gato privilegiado por ter uma dona tão joia. Mas é sempre bom lembrar: Gato não tem dono.
Bela frase. Feliz é o que menos necessita. Como seria bom se pudéssemos viver num brejo ensolarado.
Abraços de Marciano Vasques
Joice, querida amiga,
ResponderExcluirGostei do "qualquer sobrevivente". Somos palimpsestos de nossa própria história, e, veja, a cada manhã em vez de lamentos, preferimos a renovação. E, nem sei se o Rospo sabe disso, mas, atualmente, um dos melhores lugares do mundo é a Blogosfera, pois entramos em contato com um mundo de cores, produzido por pessoas lindas, separadas geograficamente, mas com a alma em punho, e o coração aberto, como a dizer: Eu estou aqui! Estou nessa infinita caravana virtual, com a minha contribuição, a minha palavra e a meu Ser.
Um beijo,
Marciano Vasques