sábado, 10 de julho de 2010

O SAPO BRINCALHÃO





Lá estava na beira da estrada cismando pela vida o Rospo quando apareceu a Sapabela.
 - Olá, amigo! Como vai?
- Vou a pé.
- Você sabe como se chama essa estrada?
- Não adianta chamar que ela não responde.
- Sei, sei...Conheço esse folclore...E onde vai dar essa estrada?
- Não vai dar.
- Como assim?
- Pode comer de qualquer jeito.
- "Sinto que ele está gozando com a minha cara!". A estrada não vai dar, Rospo?
- Não. Ela vai vender...
- Será que o meu querido anfíbio está se divertindo comigo? Com a minha cara?
- Não. Estou me divertindo com a Língua, com a nossa Língua.
- A nossa Língua é divertida?
- Sim, ela é uma criança...
- Mas parece tão difícil...Tem aluno que não gosta dela.
- Pois é. Ela é uma vítima.
- Vítima?
- Sim. Dos que não têm brincadeiras na alma.

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 122

Marciano Vasques
ARTE: Daniela Vasques


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