- O que está fazendo, Rospo?
- Olá, Sapabela! Estou me contorcendo.
- Estou vendo, mas...
- Agora estou tentando me equilibrar...
- Ótimo! Um equilibrista. Mas, qual o significado disso?
- Poderia me emprestar aquelas bolas de plástico?
- Pegue-as.
- Pronto, agora sou um malabarista.
- Que show, Rospo! Não sabia dos seus dotes artísticos.
- De artista e de político cada um tem um pouco...
- Tem certeza de que é assim o ditado?
- A gente vai adaptando. Falando em político, a coisa por aqui anda uma palhaçada...
- E com certeza lá vem palhaço...
- Sim, e agora vou engolir essa espada...
- Rospo! Não faça isso!
- Calma, minha amiga. Estou apenas encenando para anunciar.
- Anunciar o que?
- Que o circo vem aí.
- O circo? Ótimo! E quando ele chega?
- Breve, minha querida. Então poderemos anunciar: Hoje tem espetáculo!
- Enquanto o circo não chega, o que faremos?
- Vamos nos divertir com a marmelada nacional.
- Nacional?
- É. Aqui do brejo.
- É isso mesmo. Enquanto o circo não vem, vamos nos divertindo nesse imenso picadeiro.
- Mas é lógico que nós estamos mesmo é na arquibancada.
- Parece que o aplauso é obrigatório, Rospo.
- Então não é um circo autêntico.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 123
Marciano Vasques
ARTE: Daniela Vasques
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