- O que faz o Rospo à beira do lago há tanto tempo, Colibrã?
- Difícil dizer, a gente nunca sabe o que esse sapo anda pensando. Mas, parece que está olhando aquela estrela, Sapabela.
- Vou até lá falar com ele.
- Demorou.
- O que disse?
E assim...
- Rospo, o que faz por aqui?
- Estou observando aquela estrela. Vejo o seu brilho aumentando.
- E você sente medo?
- Não tenho medo de nada, mas algo me parece estranho...
- O que?
- Ela está se transformando.
- Isso é bom, Rospo. Transformação faz parte da vida. É sempre bom se transformar.
- Nem sempre.
- Como não? Toda mudança é boa!
- É um equívoco, Sapabela. Às vezes pode ser vantajoso, mas nem sempre é bom. Veja o meu caso, nunca me transformo. Sou sempre o mesmo.
- É porque "ser sempre o mesmo" nesse caso vale a pena.
- Pois é.
- Explique melhor, Rospo.
- Continuo gostando da boa poesia, apreciando a boa música, a autêntica música, acreditando nos bons sentimentos, e colocando a ética acima de tudo...
- Entendi: às vezes não é necessário se transformar.
- Pois é: Mesmo que pareça vantajoso.
- Sabe, Rospo: vou ficar por aqui ao seu lado, beirando o lago e olhando aquela estrela.
- Boa ideia, Sapabela, boa ideia. "Agora são duas estrelas, sou realmente o sapo feliz."
- O que disse?
- Nada, Sapabela, apenas pensei. "Será que sapa ouve pensamento? "
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 109
Marciano Vasques
Ilustração: Daniela Vasques
Olá, fiquei muito orgulhosa quando te achei como meu seguidor, que honra, obrigado por ter passado no meu cantinho!!! Sou amante da literatura infantil, sou mãe de três adolescentes, e já li muitas estorinhas...parabéns seu blog é uma delícia voltarei sempre!!!!
ResponderExcluirAbraço!!!
Regina,
ResponderExcluirRecentemente comprei um presente, uma caixa de Découpage, e então, ao encontrar seu blog, decidi de imediato me tornar seguidor. Senti que você poderia gostar de Literatura Infantil. Obrigado, CASA AZUL DA LITERATURA estará sempre com as portas abertas.
Um abraço, e Parabéns pelo seu trabalho,
Marciano Vasques