- "Em uma coisa somos iguais" - falou o Rospo.
- Que é isso, sapo! Nós não temos nada em comum. Não temos nada a ver um com o outro! - respondeu indignada a libélula, que continuou:
- Imagina eu tendo alguma coisa com bicho assim tão feio! Além do mais, sapo não voa. Pula! E olhe como eu sou graciosa.
- Sim, as suas acrobacias aéreas são maravilhosas. Você é um encanto no ar, porém temos um detalhe em comum: uma vida dupla. Vivemos uma metamorfose em nossas vidas. Sou anfíbio, e você, antes de ser libélula...
- Como o Rospo insistia (Um sapo nunca desiste), ela encerrou de vez o assunto:
- LIBÉLULA E SAPO NÃO TÊM NADA EM COMUM, e está decidido!
- Nossa!
- E ele, entristecido, após admirar as acrobacias da vaidosa e arrogante libélula, dirigiu-se à lagoa, onde se pôs a observar girinos nadando.
- Na madrugada, sem conseguir dormir, viu um estranho bicho sair das águas e se agarrar aos galhos de uma árvore. Era a Náiade.
- Acompanhou com curiosidade as transformações da criatura. Ao ver surgir do rompimento da sua pele um inseto, azulado, que não tardou em voar e rodopiar no ar, exclamou:
- Será que ela também esquecerá de sua vida aquática?
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 111
Marciano Vasques
Daniela Vasques
Passei para desejar um bom dia pra vc.
ResponderExcluirÉ tão gostoso rever essas histórias... Grande Rospo! Gosto bastante dessa.
Bjo,
Dan