- Rospo, eu amo alguém...
- Qual é a fonte?
- Fonte?
- Sim, de onde jorram as suas palavras.
- Tem mais de uma fonte?
- Sim, Colibrã, a boca é uma delas, por isso é costume se falar de palavras "da boca pra fora".
- Sei qual é a outra fonte: o coração.
- Exato. Já ouviu alguém falar de palavras "do coração pra fora"?
- Nunca! O difícil é chegar até ele.
- É mesmo, Colibrã. O coração está distante, lá no fundo...
- Não havia pensado que algumas palavra pudessem realmente ser pronunciadas pelo coração.
- O cérebro é apenas o intermediário...
- Quando os anfíbios que se gostam brigam, dizem coisas horríveis...
- Tudo da "boca pra fora", por causa da cólera, da ausência de controle emocional...
- Mas se ferem profundamente.
- Como se a fonte fosse o coração...
- Rospo, vou pensar bem nessa história das fontes.
- Mas, o que você dizia mesmo?
- Que...bem...estou encabulada...você me desconcertou...Também pudera, tinha que falar essas coisas? Estou mesma encabulada...
- Viu? Quando você começa a pensar nas fontes, fica insegura...
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 112
Marciano Vasques
Ilustração: Daniela Vasques
Mmuito bom esse texto, parabéns, gosto muito desse espaço.
ResponderExcluirCaro amigo Arnoldo Pimentel,
ResponderExcluirSeja sempre bem vindo e CASA AZUL DA LITERATURA agradece pelas palavras de carinho e incentivo. Obrigado,
Um abraço de
Marciano Vasques
Estos dos personajes Rospo y Sapabella son maravillosos .Enhorabuena Daniela, Un abrazo, Montserrat
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