- Veja, Sapabela! Lá vai um livro!
- Está maluco, Rospo? É apenas um sapo.
- Por acaso, você me chamou?
- Sim, Sr. Literatura. Preciso perguntar algo.
- Pois não.
- Certamente, você tem uma história de vida.
- Minha vida daria um livro.
- Eu não disse, Sapabela?
- Não havia pensado nisso. Cada sapo é um livro em potencial.
- É só isso, meu amigo. Boa viagem.
- Rospo! É incrível! Cada um tem uma história. Cada um é um livro que não foi escrito.
- E tem mais.
- Tem?
- Cada livro não escrito pode ser lido.
- De que forma?
- Quando você conversa com um sapo e ouve o que ele diz, o que ele conta...
- Sim?
- Você está lendo o livro que ele é. É uma outra forma de leitura.
- Rospo, posso contar um segredo?
- Fale.
- Eu adoro "Ler" você.
- Isso é segredo?
- Não seja convencido.
- Cada vez que eu a "leio", o prazer da leitura aumenta, Sapabela.
- Então somos grandes leitores.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 199
Marciano Vasques
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