- Alguns sapos passarão uma vida inteira tentando possuir suas sapas e terão delas apenas a obrigatoriedade matrimonial, ou o que há de pior, a ausência da própria feminilidade.
- Rospo, que coisa profunda. Por que disse isso?
- Por causa das sapas que vivem as suas revoluções pessoais...
- Você acredita que um sapo e uma sapa podem ser felizes?
- Claro, Sapabela, mas o amor jamais deverá ser usado como desculpa para que um seja anulado pelo outro...
- Outro dia falou sobre as sapinhas...
- Sim, toda menina sapinha é esperta, de uma esperteza pura, não tem no brejo e no mundo criatura mais esperta e feliz do que uma sapinha... e no entanto...
- Sim?
- Depois, crescem, e muitas se tornam alienadas, bobocas, submissas...
- Depois, crescem, e muitas se tornam alienadas, bobocas, submissas...
- Por que será que isso acontece? É a religião, a sociedade?
- Marido...
- Mas nem todos os sapos são iguais...
- Concordo, tem sapos que com seu modo de ser fazem da sua companheira uma sapa realizada, dona do seu futuro e do seu querer...
- Eles fazem?
- Eles participam desse fazer, que nasce da união dos dois...
- Sabe, Rospo, fiquei pensando, a melhor coisa para uma sapa é o namorido.
- Namorido?
- Mistura de namorado com marido... Namorido.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 336
Marciano Vasques
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